O empresário moçambicano Mohamed Bachir Suleman, presidente do Grupo MBS Lda, afirmou estar inocente das acusações feitas pelo Governo norte americano que o indicam como líder de uma rede de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Moçambique através das empresas da sua família, nomeadamente Kayum Centre e Maputo Shopping Centre.
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Falando à jornalistas no princípio da noite desta quarta-feira em Maputo, Bachir pede ao Governo de Obama que apresente provas das acusões que faz ao seu bom nome e à sua família “É uma acusação falsa… nunca na minha vida me envolvi nesse tipo de negócios” começou por afirmar o empresário para acrescentar “quero esclarecer a todos os cidadãos moçambicanos, ao Governo, ao Partido (Frelimo), e aos trabalhadores do Grupo MBS que este cidadão moçambicano Mohamed Bachir nunca esteve envolvido neste tipo de negócios. Peço aos que publicaram que tragam a verdade e que provem a notícia que anda por aí”.
Mohamed Bachir afirmou haver enviado uma carta à embaixada dos Estados Unidos de América – com o conhecimento da Presidência de República de Moçambique, do Primeiro Ministro e do Ministro dos Negócios Estrangeiros – solicitando que através desta lhe sejam apresentados todas as evidências e provas que terão originado o posicionamento tomado pela administração Obama.
O presidente do Grupo MBS lda convida ainda às autoridades policiais internacionais, Interpol e FBI, que façam levantamento da sua biografia pois nunca foi preso em nenhuma parte do mundo, nem sequer detido, convidando quem queira a ver o seu cadastro criminal.
Questionado sobre o número de passaportes que possui, visto o Departamento de Estado norte-americano haver mencionado que Mohame Bachir possuia 5 passaportes, respondeu “Tenho um passaporte que é moçambicano, nacionalidade moçambicana, já tive vários na sequência quando um caduca vou pedindo outro”. Mais adiante, na mesma conferência de imprensa, Mohamed Bachir afirmou receiar pelos seus negócios “como é que eu encaro com os meus trabalhadores, com os meus fornecedores, com a minha empresa, com os meus utentes que tenho aqui no Shopping?”
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Uma vez que as sanções do Governo Norte-americano irão incidir em eventuais bens ou negócios que Bachir tenha nos EUA ou com empresas americanas as medidas não deverão ter grandes efeitos pois segundo o empresário ele não tem contas bancárias na terra de Obama nem faz negócios com empresas daquele país.
Sobre as suas ligações ao Partido Frelimo Mohamed Bachir afirma que apenas apoiou a campanha eleitoral do partido no poder em Moçambique para o bem do país e para o bem do partido. “Dei o meu apoio como qualquer cidadão o faz, somos fãns é a mesmíssima coisa podemos apostar no Benfica como no Sporting. Eu estou apostado na boa liderança do Partido Frelimo” acrescentou.
Relativamente as alegações de que as mercadorias do Grupo MBS lda não são alvo de vistoria atenta por parte das alfândegas de Moçambique, e nem passam nos controversos scanners, Bachir afirma não serem verdadeiras essas afirmações “eu sempre paguei a empresa Kudumba, sempre honrei os meus impostos…se pensam que há alguma facilidade nunca houve”. Bachir terminou colocando-se a disposição, novemente, da polícia e dos tribunais para esclarecer qualquer assunto que o envolva.