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Mocuba faz 39 anos de existência como cidade

Esta sexta-feira, há festa em Mocuba, por sinal a segunda maior cidade da província central da Zambézia. São 39 anos de elevação a categoria de cidade, que aquela vila um pouco montanhosa, atravessado pelo rio Licungo, vai comemorar. O ambiente é de festa nas hostes governamentais, claro que até falam de realizações de vulto, como se fossem promessas eleitorais.

Mesmo com tantas palavras bonitas que hajam, há um problema crónico que nem sequer precisa de ser embelezado. Falta de água para os munícipes. Dai que festa sem água, não é festa e nem sequer anima. Será que só as bebidas alcoólicas e refrigerantes são suficientes?

Não, precisa-se de água, mas água boa, ou seja, água potável para consumo. Não aquela turva, que sai hoje no Marmanelo, amanhã sai no Sacras, depois de amanhã sai nas Moradias, depois dai não sai em nenhum bairro. E mais, para além de deficiente sistema de abastecimento de água, a cidade de Mocuba tem uma doença que se chama erosão de solos, cuja a solução, financeira cabe aos cofres do Conselho Municipal local, sob égide de Rogério Gaspar, já no seu segundo mandato.

Esta quinta-feira, num contacto telefónico com a nossa Reportagem, o edil de Mocuba, Rogério Gaspar, disse que sentese satisfeito pelos ganhos obtidos até agora como presidente. Mesmo antes da metáde do seu segundo mandato, Gaspar, aponta a reabilitação das estradas da cidade, abertura de novas vias de acesso ao nível do bairro, construção de salas de aulas, etc. Isto na óptica do edil de Mocuba, são ganhos incontestáveis razão pela qual, ele sente-se homem até agora feliz com estes ganhos. Mesmo assim, a fonte diz que o crónico problema de abastecimento de água, vem sendo resolvido paulatinamente.

Para o edil, neste momento, aquele precioso líquido indispensável a vida humana e não só, sai de uma forma alternada. Ou seja, um dia sai num bairro, noutro jã não sai naquele, vai sair num outro. Isto porque de acordo com o nosso entrevistado, o sistema de abastecimento de água a cidade de Mocuba, tem 56 anos de existência e tinha sido concebido para um número muito menor. Mas devido a explosão demográfica que se regista nas cidades, aquele sistema, já se revela incapaz de responder com a demanda dos munícipes, dai que, há esforços para inverter este cenário.

Neste momento, por aquilo que soubemos do edil daquela autarquia, o governo central drenou já cerca de 30 milhões de meticais para reabilitar o sistema de abastecimento de água naquela autarquia. Para Gaspar, esta injecção financeira que o governo central deu, vai ajudar, mas frisou que, a edilidade espera num futuro não muito distante encontrar uma solução definitiva para este problema, com a chegada de uma empresa do tamanho daquela que abastece água na cidade de Quelimane.

Sem precisar de tempo necessário, Gaspar é optimista e diz que ainda neste quinquénio esta empresa poderá actuar em Mocuba e resolver assim uma vez por todas a crise de água. Se por um lado é o crónico problema de falta de água que a cidade de Mocuba enfrenta, principalmente neste período considerado de verão (porque não chove), também há um outro que não só ameaça as autoridades, mas a toda população residente.

Paulatinamente, Mocuba vai sumindo do mapa e claro se medidas urgentes não forem tomadas a situação daqui a mais quinze anos, será pior. Houve ruas que desapareceram e até agora a nova geração nem sequer sabe que aqui ou acolá havia uma rua que dava acesso ao local X. Tudo isso por causa da erosão. Os bairros Central, 25 de Setembro, CFM, só para citar alguns exemplos, podem ser o expelho do crónico problema de erosão que assola Mocuba.

Mesmo assim, o edil local, diz que este também é um mal a ser combatido nos próximos anos. Sem dinheiro ainda nos cofres, o edil Rogério Gaspar, só diz que encomendou estudo de viabilidade para ver a dimensão do problema, mas reconhece que o mesmo ultrapassa as suas capacidades. Nesta entrevista que concedeu ao Diário da Zambézia, o edil diz que depois de resolver o problema de água, sem dúvida vai atacar a erosão até conseguir combater. E para fazer com que os planos sejam cumpridos, o edil local diz que conta com apoio de todos seguimentos da sociedade civil, para que os valores de Mocuba sejam cada vez mais valorizados.

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