Na 12ª jornada, a Liga Muçulmana suou bastante para derrotar o Têxtil de Púnguè por 2 a 0, tornando-se na primeira equipa a atingir a barreira dos 30 pontos da chamada “manutenção”. O HCB “descolou-se” do Ferroviário de Nampula na segunda posição da tabela classificativa.
Em casa, os muçulmanos não tiveram trabalho fácil diante do lanterna vermelha desta competição, a equipa dos fabris da Manga. Com Zico a jogar como ponta de lança, acompanhado por dois extremos, nomeadamente Kito e Muandro, a Liga Muçulmana não revelou profundidade necessária e capaz de superar os dois blocos defensivos do Têxtil.
Dominantes, os campeões nacionais beneficiaram de inúmeros lances de golo durante a primeira parte, com destaque para a perdida monumental de Zico que, com a baliza totalmente escancarada, não conseguiu emendar uma defesa incompleta de Miguel ao remate de Liberty.
Estavam decorridos 17 minutos. Do lado contrário, o melhor momento foi criado por João à passagem da primeira meia-hora. Na sequência de um pontapé de canto, aquele “fabril” surgiu sem marcação, no centro da grande área, a cabecear a bola ao lado dos postes de Milagre. Os golos, esses, surgiram na etapa complementar. Foi preponderante que uma das duas equipas desistisse tecnicamente do jogo para a outra triunfar.
Com Telinho, Nando e Jerry em campo, substitutos de Mustafá, Imo e Muandro, a Liga Muçulmana investiu no “tudo ou tudo”, sobretudo numa altura em que o Têxtil começou a manifestar sinais claros de cansaço. E não era para menos, na medida em que se defendeu ao longo da partida.
O médio defensivo dos muçulmanos, Momed Hagi, foi quem de cabeça abriu o marcador, à passagem do minuto 85, sendo que Telinho, cinco minutos depois, fez o 2 a 0 que encerrou as contas da partida.
“Faltou-nos profundidade”, Sérgio Faife
O treinador principal da Liga Muçulmana, Sérgio Faife Matsolo, assumiu que a sua equipa não esteve bem ao longo dos 90 minutos, sobretudo por não ter sabido superar a consistência defensiva do Têxtil de Púnguè. O técnico afirmou que “o mais importante era conquistar os três pontos”, ciente de que é preciso melhorar o ataque nos próximos desafios.
“Faltou-nos profundidade. Mas foi estratégia nossa abrir o jogo ofensivo, na medida em que apostámos por um avançado mais tecnicista. Faltaram golos, é certo” completou Sérgio Faife.
José Augusto, treinador adjunto do Têxtil de Púnguè, lamentou a derrota sofrida nos últimos minutos do encontro, ao expor que “um empate seria o resultado mais justo por tudo aquilo que fizemos”. Aquele técnico criticou, igualmente, a prestação da equipa adversária, afirmando que “nós viemos à Maputo para jogar contra a Liga Muçulmana. Esta equipa que nos derrotou hoje não é aquela a que estávamos a espera”.
HCB “descola-se” do Ferroviário de Nampula
O HCB de Songo derrotou o Costa do Sol por 2 a 1, também em confronto da 12ª jornada do Moçambola e manteve-se a seis pontos do líder da prova, a Liga Muçulmana. Com a derrota do Ferroviário de Nampula diante do Costa do Sol, por 1 a 2, os hidrocarbonetos isolaram-se na segunda posição com 24 pontos.
O Ferroviário de Nampula caiu para a terceira com 21, seguido pelo seu homónimo da Beira com 19. O Maxaquene continua a desiludir sendo que, depois de empatar sem abertura de contagem com o Estrela Vermelha da Beira, se viu a cair para a quinta posição com 18 pontos.
Quadro completo de resultados:
Liga Muçulmana 2 – 0 Têxtil de Púnguè
HCB de Songo 2 – 1 Costa do Sol
Desportivo de Maputo 2 – 1 Ferroviário de Nampula
Desportivo de Nacala 1 – 0 Ferroviário de Maputo
Ferroviário de Quelimane 1 – 0 Clube de Chibuto
Ferroviário da Beira 2 – 0 Ferroviário de Pemba
Maxaquene 0 – 0 Estrela Vermelha da Beira