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Moçambola: será o fim da hegemonia Muçulmana?

A Liga Muçulmana atravessa um momento para esquecer, desta vez caiu diante do Maxaquene e confirmou o seu evidente estado de decomposição, numa das duas partidas que abriram este sábado (7) a 12a jornada do Campeonato Nacional de futebol, Moçambola 2012. Os golos de Gabito e Eusébio “guilhotinaram” as opções muçulmanas e mantiveram a ilusão dos tricolores. Zico maquilhou o resultado final com um golo aos 82 minutos.

Quer o Maxaquene quer a Liga Muçulmana vinham para o jogo com mágoa. Por um lado pelo desaparecimento físico de Joaquim Alói antigo futebolista e técnico da equipa tricolor e por outro, pela mudança do comando técnico da Liga. Pelo primeiro motivo, obviamente, foi verificado um minuto de silêncio antes do pontapé inicial.

A diferença pontual de quatro pontos com que vinham as duas equipas para o jogo estando o Maxaquene na quarta posição e a Liga na nona, fez sentir-se desde o terceiro minuto quando Gabito cobrando um penálti, abriu o activo castigando uma mão à bola de Momed Hagi.

Mas foi a Liga Muçulmana que soube conservar a bola obrigando o adversário a cometer muitos erros. O sentido defensivo tricolor funcionou devidamente e salvou aquela do pior. A turma muçulmana subiu as linhas de jogo e soube encurralar o Maxaquene que, por sua vez, só jogava ao contra-ataque ameaçando por vezes a baliza do brasileiro Caio.

Até ao fim da primeira parte e por aquilo que foi o jogo, o resultado podia ter sido outro com pendor para o Maxaquene que mais oportunidades de golo gerou.

Se na primeira parte a Liga jogou à herança do comando técnico ora deposto, se calhar porque o eterno discípulo de Artur Semedo era quem comandava a equipa, já na segunda assistiu-se a uma equipa que jogava à Sérgio Faife ou seja, mais rápida, mais perigosa e mais arrojada. Contudo, pouco ou nada modificou-se na forma de ser e estar dos jogadores: Não coordenavam; Não demonstravam nenhuma vontade de marcar (excepto Ítalo que entrou na segunda parte com uma nova visão) e assentavam ainda mais os erros. A Liga não fez sequer um remate que incomodasse Soarito.

O Maxaquene que por sua vez não conseguia manter o esférico na sua posse e apresentada com uma postura mais retraída, impôs-se à passagem do minuto 50. Um minuto depois, Eusébio fez o segundo golo da forma mais brilhante possível após receber a bola do lado esquerdo de Hélder Pelembe.   Ao minuto 82 a Liga Muçulmana gozou um pouco de sorte para reduzir o placar para 2 a 1 por intermédio de Ziqo. O golo relançou o jogo mas o Maxaquene não sentiu-se ao todo ameaçado.

Resultado relança disputa pelo segundo posto

Com este resultado, o Maxaquene isola-se (interinamente) na segunda posição da tabela classificativa e a três pontos do Ferroviário de Maputo, líder isolado que amanhã entra em cena. A Liga Muçulmana vê a situação a complicar-se ainda mais sendo que amanhã pode ver-se encostada à zona da despromoção, o que se for a acontecer terá de iniciar a segunda volta num outro campeonato: o da luta pela manutenção. Tudo vai depender do resultado do jogo do Desportivo de Maputo que recebe o Chingale e do Incomáti que viaja até Songo defrontar o HCB.

Ainda na tarde deste sábado o Vilankulo FC venceu o Têxtil de Púnguè por 1 a 0 e subiu interinamente para a terceira posição do campeonato com vinte pontos.

Confira os restantes jogos da 12a jornada, com início para para as 15 horas deste Domingo:

Campo do Costa de Sol: Ferroviário de Pemba X Costa de Sol

Campo do Maxaquene: Desportivo de Maputo X Chingale de Tete

Estádio do HCB: HCB de Songo X Incomáti

Campo do Chibuto: Clube de Chibuto X Ferroviário de Nampula

Campo do Ferroviário da Beira: Ferroviário da Beira X Ferroviário de Maputo

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