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Moçambola ao rubro

Voos suspensos por falta de combustível; muçulmanos seguros na Matola; tricolores respiram no último minuto diante do Incomáti; alvinegros e canarinhos cumprem e continuam separados por um ponto. Quatro actos, porventura os de maior relevo, numa jornada que entregou em definitivo o rótulo de 15a equipa do Moçambola às Linhas Aéreas de Moçambique…

Comecemos pelo topo. Boas notícias para a Liga Muçulmana. Ganhou com menos um jogador e chega ao jogo com o Maxaquene com uma vantagem de dois pontos. Sem exagero, pode até dizer-se que a Liga esteve a segundos de levar para o campo dos tricolores uma almofada de quatro pontos.

Em Xinavane, sofreu-se a bom sofrer até ao golo misericordioso de Betinho. O jovem jogador manteve o Maxaquene a sonhar, ainda que mais agitado do que nunca. Agitado foi também o final de jogo. Cenas pouco edificantes dos adeptos do Incomáti.

Vitória improvável

A província de Sofala não é o melhor lugar para o Desportivo ser feliz. Contudo, o futebol é um desporto incerto. Ou seja, os alvinegros perdem quando se antevê o sucesso e vencem em lugares improváveis como a Beira. Aliás, as visitas ao Chiveve nunca auguram grandes resultados para a família alvinegra. Porém, quem conta com Zainadine Júnior, um jogador invulgar neste Moçambola, pode quebrar a tradição.

Assim, Augusto Matine conseguiu ver a equipa a ganhar onde o seu antecessor nunca vencera. O Sporting foi presa rija, dura, antes de cair com estrondo ante um chapéu monumental de Zainadine. O central não marcava desde Maio e reapareceu em grande estilo na ficha de marcadores, antes de Mercy aplicar a estocada final.

Ora, por falar em equipas da Beira, convém dizer que o Ferroviário veio ao campo dos canarinhos perder por duas bolas sem resposta. Com golos de Parkin e Babo (no jogo que marcou o regresso de Josimar), a equipa de David Mandigora voltou a provar a superioridade do seu plantel em relação aos que lhe seguem na tabela classificativa.

Ao contrário dos beirenses, os locomotivas do norte, o Ferroviário de Nampula, estão em estado de graça. Dão sinais de melhoria a cada jogo e remeteram para o campo da memória a zona de despromoção onde andaram enterrados na primeira volta do Moçambola. Venceram o Atlético Muçulmano por 2-1 em casa, num jogo em que sofreram para virar o resultado.

Ferroviário sem fôlego

Na Machava, com um frio de rachar, não houve futebol capaz de salvar o Ferroviário de Maputo. Sem Chiquinho Conde, mas com os males do costume neste campeonato. É um grande clube, enorme, de rastos e sem saúde. Ganhou o Vilankulo FC, por 0-1, e ganhou bem. Nacir Armando tem de ser mais do que um treinador paliativo.

A Liga Muçulmana perdeu, com excepção de um empate caseiro, os últimos três jogos com o Maxaquene. Ou seja, Arnaldo Salvado levou a melhor sobre Artur Semedo no confronto directo e é nesta (in)diferença que os dois se defrontam no próximo sábado, pelas 15 horas, na 17a jornada do Moçambola.

Depois de completa a jornada 16 a classificação ficou assim ordenada:

GOLOS
EQUIPAS J V E D M S PONTOS
Liga Muçulmana 16 10 4 2 19 8 34
Maxaquene 16 9 5 2 21 9 32
Desportivo 16 8 4 4 15 4 28
Costa do Sol 16 8 3 5 17 17 27
Chingale 16 6 6 4 11 9 24
HCB Songo 16 5 8 3 12 8 23
Ferroviário de Nampula 16 7 2 7 23 19 22
Ferroviário de Maputo 16 6 3 6 19 18 21
Ferroviário de Beira 16 4 8 4 10 9 20
Vilankulo FC 16 5 5 6 16 15 20
Incomáti 16 5 3 8 8 15 18
Matchedje 16 3 5 9 12 22 14
Sporting da Beira 16 3 3 10 8 23 12
Atlético Muçulmano 16 2 4 10 9 20 10
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