Moçambique e Suécia poderão definir uma nova estratégia de cooperação até finais do presente ano, um instrumento base que vai nortear o estreitamento das relações entre os dois países.
O facto foi revelado, terça-feira, em Maputo, pelo Embaixador cessante em Moçambique, Torvald Akesson, falando a imprensa momentos depois de apresentar os cumprimentos de despedida ao Chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, após concluir a sua missão de quatro anos no país.
Actualmente, as relações entre Moçambique e Suécia são geridas com base na Estratégia de Cooperação aprovada em 2008 para o período 2009/2012.
‘No final deste ano vamos definir nova estratégia de cooperação com o governo moçambicano’, disse o Embaixador, explicando que, ‘em cada quatro anos, temos de revisitar a nossa cooperação’.
Segundo Akesson, os dois países têm vindo a trabalhar em conjunto na cooperação para o desenvolvimento desde a independência de Moçambique. ‘Mesmo antes da independência de Moçambique a Suécia deu assistência humanitária’.
A Cooperação entre a Suécia e Moçambique assenta, essencialmente, nas áreas de agricultura, boa governação e energia. Igualmente, aquele país nórdico tem vindo também a direccionar o seu apoio à província nortenha do Niassa e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga instituição de ensino superior no país.
A Suécia faz parte do grupo de países que apoiam o Orçamento do Estado em Moçambique, sendo o ponto de partida para o apoio sueco a própria estratégia deste país de alívio a pobreza – o PARPA II.
Para o presente ano, segundo Akesson, o apoio sueco ao Orçamento do Estado é de 110 milhões de dólares norte-americanos. Fazendo uma breve análise das relações de cooperação entre Moçambique e Suécia, Akesson disse que as mesmas estão num bom caminho, admitindo também a necessidade de as partes continuarem a dialogar para melhora-las cada vez mais.
Solicitado a comentar se a crise financeira que se abate nalguns países da Europa não iria levar a Suécia a cortar ou reduzir o pacote de ajuda que este vem prestando a alguns países, como Moçambique, Akesson descartou tal hipótese, justificando que o seu país não está sob efeitos dessa crise. ‘A Suécia não tem problemas financeiros, pelo que não há discussão política para cortar ajuda’, afirmou.