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Moçambique resiste à pressão inflacionária

O Governador do Banco de Moçambique (BM), Ernesto Gove, disse que o país está a conseguir reduzir a pressão inflacionária que dura há já cinco anos graças à fortificação da sua divisa nacional, o Metical, face às moedas dos principais parceiros externos, conjugado com a evolução favorável dos preços das principais mercadorias importadas.

A pressão deriva da queda da procura e dos preços dos bens de exportação no mercado internacional, maiores dificuldades de acesso às fontes de financiamento dos projectos públicos e privados e crescente volatilidade dos títulos financeiros e das moedas.

Gove indicou, por outro lado, manterem-se “sombrias” as perspectivas de crescimento da economia mundial face aos efeitos da crise financeira internacional caracterizada “pelo agudizar da crise de dívidas soberanas que os países da Zona do Euro enfrentam”, aumentando a incerteza e a volatilidade dos mercados, com impacto nos cenários de recuperação da economia mundial.

Falando, esta quarta-feira, na cidade da Matola, Gove congratulou-se, entretanto, com a “persistente queda” da inflação homóloga, suportada por um Metical mais robusto, cujos ganhos nominais eclipsam as flutuações elevadas registadas em 2010, comprometendo, contudo, a melhoria das exportações moçambicanas e da posição das reservas internacionais líquidas.

A estabilidade destes indicadores decorre de medidas correctivas tomadas pela sua instituição, visando controlar a inflação, alinhando-a com as tendências mais apropriadas para, a médio prazo, o país continuar a crescer de forma sustentável e inclusiva. Refira-se, entretanto, que, em 2010, a inflação homóloga atingu 16,6% e a taxa média anual 12,7%.

Gove falava na abertura das terceiras jornadas científicas anuais do Banco de Moçambique que debateram temas sobre mecanismo de transmissão da política monetária, reflexões sobre metas monetárias em Moçambique e eficácia da regra de Taylor em Moçambique.

As jornadas tiveram a participação dos trabalhadores da sede do BM, instituições académicas e de investigação, para além de representantes do Governo.

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