O antigo presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, considera que os 35 anos da Independência do país, que se comemoram esta sexta-feira, trouxeram “avanços enormes” nas áreas económica, social e cultural, mas destacou o ensino por ter registado progressos “inacreditáveis”. No ano do 35.º aniversário da proclamação da Independência, Joaquim Chissano, que sucedeu a Samora Machel, primeiro Chefe do Estado moçambicano, faz um balanço “positivo, muito positivo” dos 35 anos de nascimento do Estado moçambicano.
“Na área económica, na área social e na área cultural, o balanço é bastante positivo (…) eu recordo-me do que era o país na altura da proclamação da Independência”, enfatizou Joaquim Chissano, referindo-se a graves desigualdades daquele tempo. Entre os “enormes avanços” que Moçambique alcançou depois da Independência, o ex-Presidente moçambicano salientou “os progressos inacreditáveis no ensino”, em que “de uma universidade que acabava de nascer no ano da Independência, passou-se para 38 universidades”.
“Temos hoje acima de 80 mil estudantes, a partir de 40 estudantes que tínhamos no ano da Independência, e são esses jovens que são capazes de acelerar as transformações”, realçou ainda Joaquim Chissano. Para o antigo Chefe de Estado, a liderança do país após a proclamação da Independência até foi ousada: “Quando nenhum outro país da parte Austral de África tinha televisão a cores, lançámos isso”.
“São avanços que realmente para um país de 35 anos são enormes”, frisou. Reconhecendo que Moçambique ainda enfrenta muitos problemas, Joaquim Chissano preferiu sublinhar “o que interessa: ver que a marcha é boa e acelerada”. “Até porque mesmo se tivéssemos o país mais desenvolvido do mundo também teríamos problemas”, disse.