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Moçambique regista défice de pescado

-Moçambique regista, neste momento, um défice de pescado estimado em cerca de 50 mil toneladas de peixe, sendo por isso que recorre à importação de carapau, para abastecer o mercado interno, disse, recentemente à AIM, em Maputo, o ministro moçambicano das Pescas, Cadmiel Muthemba. “Estamos a importar carapau porque temos um défice de peixe, e a piscicultura que estamos a desenvolver em todo o país visa também a eliminação deste défice de pescado no mercado, que é de cerca de 50 mil toneladas, e nós temos que acabar com este défice”, sublinhou o governante moçambicano.

Muthemba explicou que o Governo aposta no desenvolvimento da piscicultura porque esta constitui uma das melhores formas de eliminar o défice e de aumentar as exportações de pescado. “Neste preciso momento, estamos a pôr em funcionamento, no Chókwè, província de Gaza, sul de Moçambique, um centro de desenvolvimento de piscicultura. Estamos a desenvolver um centro que depois vai fazer a difusão das técnicas de piscicultura no país, porque esta é uma forma muito importante de garantir o fornecimento do pescado ao mercado interno e as exportações”, considerou Muthemba.

Uma equipa integrando técnicos moçambicanos e vietnamitas encontra-se neste momento no Chókwè a trabalhar na criação do referido centro, cuja entrada em funcionamento, de acordo com o titular da pasta das pescas, “está prevista para breve, de modo a que possamos fazer a difusão das técnicas de piscicultura ao nível de todo o nosso país”. Por outro lado, arrancou há cerca de três meses, um projecto de piscicultura, na albufeira da barragem hidroeléctrica de Cahora Bassa, em Tete, centro do país, o qual, tal como indicou o ministro das Pescas, quando atingir a sua capacidade máxima, vai produzir cinco a seis mil toneladas de peixe.

Em Pemba, capital da província nortenha de Cabo Delgado, foi lançado em Junho deste ano, um outro projecto de piscicultura, ainda em fase piloto, desta feita para a produção de corvina, “isto para citar apenas alguns exemplos das diversas actividades que temos estado a desenvolver ao nível da piscicultura”. De referir que em Moçambique, o sector pesqueiro emprega entre 160 e 200 mil pessoas, sendo de três a quatro porcento a sua contribuição para o total das exportações do país, que durante o quinquénio registaram um ligeiro decréscimo.

Muthemba referiu ainda que o grande desafio para o ministério das Pescas tem a ver com o desenvolvimento da aquacultura marinha e aquacultura de água doce para a produção de peixe, “porque o país tem um potencial muito grande para esta actividade”. “Nós estamos neste momento a mobilizar financiamentos para a aquacultura e estes já começaram a aparecer. Houve, no início, muita relutância em investir nesta área, em Moçambique, mas, nos últimos anos, particularmente neste de 2009, aumentou bastante o investimento na aquacultura”, realçou o ministro moçambicano das Pescas.

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