Até finais de 2014, Moçambique projecta produzir cerca de cinco milhões de toneladas de carvão térmico, contra perto de 1,5 milhões de toneladas conseguidas no ano passado de 2013.
A energia eléctrica produzida com base no carvão térmico na província de Tete vai ser aplicada para abastecer novos empreendimentos económicos em surgimento no país, bem como a sua exportação para África do Sul e outras regiões do mundo que necessitam de mais electricidade.
As mineradoras Jindal Steel Power Limited, da Índia, e Ncondezi Coal Company, do Reino Unido, são algumas das empresas estrangeiras que, em 2014, vão canalizar parte significativa dos seus investimentos para a produção de carvão destinada à geração de energia eléctrica, segundo o Ministério dos Recursos Minerais (MIREM).
A Ncondezi Coal Company, por exemplo, pretende construir em 2015 uma central térmica para funcionar com base no carvão térmico produzido por várias empresas mineradoras baseadas em Moatize, em Tete.
Realça aquele departamento governamental que a decisão surge depois de estudos encomendados pela firma terem concluído que a região de Moatize tem poten- cial para produzir cerca de 1800 megawatts de energia “suficiente para alimentar a sua mina, em Tete, e exportar parte da electricidade para outros países”.
Refira-se que a África Austral enfrenta uma crise energética, situação que pode ser aproveitada por Moçambique para alargar o seu mercado energético.