Moçambique está numa fase avançada de ensaios técnico-científicos para passar a produzir moringa, planta com alto teor de vitaminas A e C e ainda com elementos químicos, tais como fósforo e cálcio, em quantidades industriais e de forma organizada, para as indústrias cosmética e alimentar nacional e para exportação, segundo o Centro de Investigação e Desenvolvimento em Etnobotânica (CIDE) do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Os ensaios decorrem desde finais de 2010, estando para Outubro próximo prevista a apresentação das primeiras amostras do óleo produzido a partir da morinha para o seu consumo juntamente com a alimentação e para a indústria de cosmética, de acordo com a indicação de Adelaide Agostinho, directora do CIDE.
Ela salientou que a iniciativa visa um maior aproveitamento das potencialidades científicas e tecnológicas disponíveis em Moçambique na utilização de plantas nativas e medicinais abundantes no país, como é o caso da moringa.
Numa primeira fase, as plantas da moringa deverão ser distribuídas pelos produtores agrícolas da Namaacha, na província do Maputo, e pelas onze vilas do milénio espalhadas por Moçambique, que servem de centros de demonstração dos resultados da aplicação de técnicas melhoradas de produção agrícola.
“A meta é fazer com que a moringa passe a ser encarada como uma cultura de rendimento pelo sector familiar e também responda à sua procura pelas indústrias cosmética e alimentar mundial”, destacou Agostinho.
A moringa adapta-se facilmente ao ambiente seco e pode ser, igualmente, aplicada para a purificação de água e como suplemento nutricional para o tratamento de doenças diversas, de acordo ainda com a directora do Centro de Investigação e Desenvolvimento em Etnobotânica, falando em entrevista ao Correio da manhã.