Moçambique pretende beneficiar-se da experiência da República Socialista do Vietname no uso das tecnologias de comunicação de baixo custo para a promoção do desenvolvimento rural.
Falando, Quarta-feira, em Maputo, durante o seminário sobre o papel das comunicações para o desenvolvimento rural, o vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Eusébio Saíde, destacou os avanços registados pelo Vietname, particularmente na agricultura, em resultado da utilização de tecnologias baratas.
“São estas conquistas resultantes do uso das comunicações que Moçambique precisa de alcançar”, disse o governante, apelando os participantes do seminário para que o encontro identifique soluções tecnológicas baratas para o desenvolvimento rural no país.
Por seu turno, o Embaixador do Vietname em Moçambique, Dang Glang, destacou os avanços registados pelos camponeses do seu país com a ajuda das tecnologias de comunicação. Segundo o diplomata, com a ajuda destes instrumentos, os camponeses daquele país esperam colher um total de sete milhões de toneladas de arroz este ano.
“O Vietname era um país agrícola, pobre e atrasado e com grandes dificuldades de ter comunicações eficazes ao serviço da agricultura no meio rural”, disse o Embaixador, acrescentando que, passados 25 anos “os nossos camponeses estão munidos de tecnologias de comunicação de baixo custo que os ajuda na produção”.
Segundo o porta-voz deste seminário, Edmundo Manhiça, do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), o país está interessado em ter acesso a telefones de baixo custo produzidos por aquele país.
Por outro lado, Moçambique pretende persuadir a companhia de capitais vietnamitas Movitel, a terceira operadora de telefonia móvel no país (que começa a operar em 2012), a introduzir serviços baratos com impacto na agricultora, pesca, entre outras actividades largamente desenvolvidas no meio rural.
Durante este seminário de um dia, co-organizado pelo INCM e pela Embaixada do Vietname, foram apresentados diversos temas, incluindo sobre o estágio do desenvolvimento das comunicações nos dois países, impacto das comunicações da produção agrícola do Vietname, entre outros.
Na sua apresentação sobre “Desenvolvimento das comunicações em Moçambique”, o director-geral do INCM, Américo Muchanga, disse que, actualmente, as duas operadores de telefonia móvel do país contam com um total de 7,3 milhões de subscritores, (dados actualizados em Março passado), e têm uma cobertura nacional.