Uma missão empresarial angolana encontra-se em Moçambique, desde quarta-feira, em acções exploratórias destinadas a garantir a exportação de castanha de caju processada moçambicana para aquele país da região da África Austral.
Este dado foi avançado ao Correio da manhã por Maria do Carmo Nascimento, presidente da Federação das Mulheres Empreendedoras de Angola, realçando que, apesar de o seu país ser produtor de castanha de caju, “o produto moçambicano é procurado em Angola por ter maior qualidade e valor comercial”.
Para a viabilização da iniciativa, a missão angolana deverá estabelecer contactos com o Governo e sector privado moçambicano envolvido na produção e comercialização da castanha de caju, de acordo ainda com aquela fonte, acrescentando que o seu país está ainda interessado na aplicação da experiência de Moçambique relativa ao fomento daquela cultura de rendimento.
Maria do Carmo Nascimento falava à margem de um encontro, de dois dias, envolvendo cerca de 60 mulheres empresárias de sete países africanos visando a partilha de experiências e preparar a criação de uma Rede de Mulheres de Negócios em África.
O encontro foi organizado pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) e participam empresárias de Moçambique, Angola, Uganda, Tanzânia, Quénia, Zâmbia e África do Sul.
Refira-se que, devido à inovações em curso visando a recuperação do sector do caju, em Moçambique, o Instituto de Fomento de Caju (INCAJU) estima que aquela área de actividade deverá comercializar, em 2011, cerca de 200 mil toneladas de castanha de caju, contra 110 mil toneladas do ano anterior.