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Moçambique no grupo de quatro países “mais radicais” da África subsaariana

Aldeões de Moçambique, Zâmbia, Malawi e Quénia são tidos como os “mais radicais e desconfiados” a nível dos países da África subsaaariana, no que respeita às reformas em curso do sector agrário para permitir maior envolvimento do sector privado na produção de alimentos básicos na região.

Esta observação consta de um estudo de análise recentemente apresentado em Lusaka, capital da Zâmbia, intitulado Demystifying the Role of Grain Assemblers in the Rural Maize Markets of Eastern and Southern Africa, que indica que no geral a região subsaariana de África continua a manter um papel activo no mercado de alimentos básicos, mercê de reformas governamentais que já duram há duas décadas.

Este sentimento é justificado com o facto de os operadores privados envolvidos essencialmente no mercado de cereais estarem a denotar dificuldades para convencer os agricultores rurais sobre as vantagens do seu envolvimento para impulsionar o sector agrícola local e regional.

Na visão dos agricultores daqueles quatro países africanos, a intervenção dos actores privados no mercado de cereais é visto como uma “plataforma exploradora e/ou parasitária”, porque trouxe “pouca evidência empírica” para se compreender os efeitos e desempenhos no mercado, realça o referido estudo, a cuja cópia Correio da manhã teve acesso.

“Todos os actores do sector privado envolvidos nos mercados de grãos são mais difamados e menos compreendidos a nível das aldeias e/ou agrupamentos na África subsaariana, relativamente a outros operadores privados do sector agrícola”, salienta a referida pesquisa de 23 páginas.

Refira-se que o estudo usou como dados 205 grupos (aldeias focais) e uma base de 2,7 mil transacções de milho em nível de fazenda individuais nos quatro países em referência.

Entretanto, em termos de presença activa dos operadores privados na compra de cereais dos agricultores naqueles quatro países africanos analisados, aquela pesquisa concluiu que Moçambique é menos representado, enquanto em Quénia regista-se maior concentração dos comerciantes de grão com cerca de 96% de aldeias servidas por mais de uma dezena de operadores privados.

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