O Ministro de Energia, Salvador Namburete, anunciou, sexta-feira passada, que Moçambique já possui o Atlas de produção de energias renováveis. A versão completa deste documento não foi ainda impressa, mas está disponível o sumário executivo que permite a qualquer investidor interessado em obter informações detalhadas sobre o potencial energético existente no país.
Salvador Namburete falava na abertura da Primeira Conferência de Bioenergia, sob o lema “Produção Sustentável de Bioenergia Moderna para Suprir as Demandas Futuras de Energia”.
No encontro, organizado pelas Universidades de Campina, no Brasil, e Técnica de Moçambique, o Ministro Namburete disse que o país possui um quadro legal favorável ao uso de bio-combustíveis.
Salvador Namburete acrescentou que a abordagem de Moçambique sobre a implementação de projectos de bio-combustíveis beseia-se no envolvimento do sector privado e parcerias entre os sectores privado e público e coordenação multi-sectorial e cooperação com parceiros internacionais.
Explicou que o desenvolvimento de bio-combustíveis constitui também uma oportunidade para os pequenos produtores que podem ser envolvidos na produção e comercialização de culturas agro-energéticas com valor acrescentado.
Para garantir um alinhamento com as políticas do Estado moçambicano, sobretudo na área de bio-combustíveis, a Universidade Técnica de Moçambique tomou a dianteira, através da introdução, o ano passado, do curso de licenciatura em energias alternativas e petróleo.
O Reitor da UCM, Luis Cabaço, disse que para alargar o horizonte do conhecimento científico dos estudantes e docentes, a Universidade Técnica de Moçambique estabeleceu parcerias com várias instituições, com destaque para a Universidade de Campinas, no Brasil.