O Governo de Moçambique vai, em breve, importar novas matrizes de touros, num esforço destinado a acelerar o programa de fomento pecuário, de modo a que, a curto prazo, se alcance o número de dois milhões de bovinos no país.
Segundo o ministro moçambicano da Agricultura, José Pacheco, presentemente, Moçambique possui um efectivo de cerca de 1.5 milhão de animais, contra 300 mil que tinha em 1992, ano da assinatura do acordo que pôs fim a 16 anos de guerra no país. Pacheco, que recentemente falava à AIM, não revelou a quantidade de matrizes a importar.
“Isto representa um grande esforço, mas devo dizer que ainda há espaço para acelerar o fomento pecuário no país”, realçou Pacheco, acrescentando que no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Agrário, o Governo decidiu avançar com um programa massivo de inseminação artificial para bovinos e caprinos.
Explicou que o referido programa visa garantir que os produtores moçambicanos possam melhorar o potencial genético dos seus animais e tenham uma base de reprodução mais fiável, “de modo a que possamos atingir a fasquia de dois milhões de bovinos no mais curto espaço de tempo”.
Para além destes programas, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Agrário prevê também acções visando fazer face a algumas das principais limitações ao desenvolvimento da produção pecuária, sobretudo do gado bovino, no país.
Entre as limitações figuram a baixa produção e produtividade dos efectivos existentes, devido à baixa qualidade genética dos reprodutores e a práticas de maneio inadequadas, fraca rede de assistência veterinária ao sector familiar e falta de infra-estruturas para o abeberamento e maneio do gado.