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Moçambique é 3º maior produtor de carvão vegetal em África

Moçambique ocupa a terceira posição no ranking dos maiores produtores de carvão vegetal em África, com um volume de extracção estimado em cerca de 17 milhões de metros cúbicos de madeira por ano, para a produção daquela fonte energética.

A frente de Moçambique estão a Nigéria e a Etiópia, apurou-se de um estudo sobre a cadeia de valor de carvão vegetal na região Sul do país, da autoria da investigadora Rosalina Chavana, do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IAM).

A referida pesquisa que também faz análise dos 10 maiores produtores mundias de carvão vegetal, dos quais sete são africanos, indica que nos últimos anos assiste-se um crescimento acelerado do consumo daquela fonte energética, situação que se deve à expansão da urbanização e crescimento económico daqueles países do continente negro.

Refira-se que a República Democrática de Congo, Reino Unido da Tanzânia, Gana e Egipto são os restantes países que completam o Top-7 dos maiores produtores de carvão vegetal em África, pelo menos desde 2011.

Para o caso concreto de Moçambique, Chavana disse que o cenário “preocupa os ambientalistas e responsáveis pela gestão dos recursos florestais”, porque apenas 2% da produção de carvão vegetal são regulados pelo Estado e a remanescente produção está fora do controlo.

Sem, no entanto, avançar dados em termos de volume, o estudo da investigadora moçambicana Rosalina Chavana, em parceria com a Michigan State University (MSU) dos Estados Unidos da América (EUA), concluiu que “a produção de carvão vegetal em Moçambique é um dos principais factores que causam o desmatamento de florestas no país”, cujo volume de madeira extraída ronda os USD 700 milhões/ano para a produção daquela fonte energia de biomassa.

Como recomendação, a pesquisa defende que o Governo moçambicano deve estabelecer um volume de plantio de árvores para fins energéticos, por forma a garantir o equilíbrio ecológico e exploração sustentável da cadeia de valor de carvão vegetal. Refira-se que mais de 70% dos moçambicanos dependem da biomassa para suprir as suas necessidades energéticas e para confeccionar alimentos, segundo dados governamentais.

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