Dos cerca de 1.825 milhões de dólares norte-americanos de activos no exterior que Moçambique detinha em 2010, apenas 0,08% pertencia a Moçambique e 67% estavam em depósitos no exterior.
Os Estados Unidos da América (26%), o Reino Unido (26%), a África do Sul (13%) e Portugal (13%) foram os principais países de destino dos capitais moçambicanos colocados no exterior, maioritariamente pelo sector financeiro, numa taxa de 74,4%, pela indústria transformadora (8,9%) e pelo sector de produção e distribuição de electricidade, gás e ar condicionados (8,3%).
Esta informação está contida nos resultados do inquérito coordenado ao Investimento Directo e Outros fluxos de Capitais Privados externos do Banco de Moçambique (BM).
Mais adiante, os mesmos resultados acrescentam que cerca de 81% dos activos são de curto prazo e considerando que é constituída por depósi- tos dos bancos comerciais no exterior, estes podem ser con- siderados parte dos activos de reserva em sentido lato.
O documento adianta ainda que, considerando a origem dos capitais com a dos bens importados que afectam primaria- mente a capacidade de oferta da economia, há a destacar a significância da África do Sul na origem dos capitais e dos bens.
As Maurícias (28%), Portugal (9%) e a Austrália (8%) destacam-se na origem dos capitais, mas não dos bens, enquanto os Países Baixos (18%), a Índia (5.7%), a China (3.7%) e o Japão (3,5%) estão na dianteira na origem dos bens e não na dos capitais.
No tocante ao destino dos capitais e das exportações que afectam o lado da utilização, a economia sul-africana afirma a sua primazia nas duas categorias com 13% e 21%, respectivamente, enquanto Portugal absorve 13% dos capitais e 4,8% das exportações.
Outras economias, como os Países Baixos e China, aparecem como países de absorção das exportações, com um peso mínimo no destino dos capitais, enquanto os Estados Unidos da América e o ?eino Unido estão cada um com 26% dos capitais investidos no exterior.
