Moçambique deverá registar, em 2012, um nível de endividamento externo controlado, apesar do contínuo agravamento dos preços de produtos alimentares e combustíveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), que traça este prognóstico no seu relatório sobre as perspectivas económicas para 2012 na África Subsaariana, não apresenta as razões deste cenário, sublinhando, contudo, que, nos restantes países da região, o endividamento externo irá agravar-se naquele período.
O documento foi oficialmente lançado, última quinta-feira, em Maputo, pelo FMI em parceria com a Associação Moçambicana de Bancos (AMB), e apresenta os mais recentes desenvolvimentos económicos da África Subsaariana e faz análise das perspectivas económicas a curto e médio prazos para a região, tendo em conta o impacto da actual crise económica global.
O mesmo documento estabelece recomendações de políticas económicas a serem seguidas pelos governos dos países da região e discute temas importantes do debate económico corrente, tais como o padrão de crescimento inclusivo da África Subsaariana e a reorientação do seu comércio para mercados emergentes, particularmente, Brasil, Índia e China.
PIB 2012
No concernente ao crescimento da economia dos países africanos ao Sul do Saara, o FMI indica que o mesmo será na banda global de 4%, em 2012, “mas na África do Sul o crescimento será de cerca de 3,5%”.
Por outro lado, Gana, Malaui e Zâmbia terão um nível de inflação acima de 10%, apesar de melhores colheitas agrícolas a se registarem, de acordo igualmente com o Fundo Monetário Internacional, nas suas projecções sobre crescimento da economia, em 2012, na África ao Sul do Saara.
