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Moçambique com cinco meses de cobertura de importações em Janeiro de 2012

Na primeira quinzena de Janeiro de 2012, Moçambique atingiu o nível de cobertura de cinco meses de importações de bens e serviços não factoriais por o saldo das suas Reservas Internacionais Líquidas ter sido de 2206,2 milhões de dólares norte-americanos.

Em Dezembro de 2011, o saldo registado cobria cerca de 5,8 meses de importações, segundo o Banco de Moçambique (BM), esclarecendo que o saldo do período em análise reflectiu uma redução de 20,5 milhões de dólares norte-americanos no mês devido à venda líquida de 22,8 milhões efectuada pela mesma instituição financeira aos bancos comerciais.

Daquele valor de vendas de divisas, cerca de 61,4 milhões de dólares foram destinados ao pagamento da factura de importação de combustíveis líquidos.

O fluxo negativo na quinzena é também explicado pelas transferências líquidas efectuadas pelos bancos comerciais junto do Banco de Moçambique, no valor de 9,3 milhões de dólares, diversos pagamentos efectuados pelo Estado no valor de USD 3,1 milhões e amortização do serviço da dívida pública externa no valor de 2,3 milhões de dólares, para além de perdas decorrentes do efeito-preço nas operações envolvendo títulos no valor de 2,3 milhões de dólares e diversos movimentos no valor de um milhão de dólares norte-americanos.

Atenuação

Entretanto, aquele tipo de desgastes foi atenuado pelos ganhos líquidos decorrentes do efeito-preço nas operações envolvendo o ouro no valor de 6,8 milhões de dólares, remessa de mineiros no montante de 5,4 milhões de dólares, entrada líquida de fundos a favor dos projectos do Governo de 4,1 mihões de dólares e ganhos cambiais líquidos no valor de três milhões de dólares, para além de juros líquidos de aplicações de activos no exterior no valor de 0,9 milhão de dólares norte-americanos.

Face a estes resultados, o Comité de Política Monetária do BM afirma estar a acompanhar com a devida atenção a ocorrência das intempéries que afectam o país, o que, conjugado com os riscos e incertezas que dominam a conjuntura económica e financeira internacional, exige cautelas para o presente ano de 2012.

Refira-se, entretanto, que no seu último encontro e tomando por base o objectivo de inflação de 5,6% e de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5%, bem como os riscos associados às projecções de inflação para o médio prazo, aquele órgão do banco central deliberou intervir nos mercados interbancários, de modo a assegurar que o saldo da Base Monetária não ultrapasse os 33 mil milhões de meticais no final de Fevereiro de 2012 e manter inalterada a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência (FPC) nos 15% e a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD), fixada em 5%, para além de manter o coeficiente de Reservas Obrigatórias fixado em 8,5%.

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