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Moçambicanos revelam engenho excepcional

Pode tardar, mas mais cedo ou mais tarde o mundo se renderá aos pés dos moçambicanos, dada a sua criatividade e sagacidade para enfrentar “adversidades”, por mais cavadas que sejam. Hoje por hoje, que o digam os agentes da brigada de trânsito da Polícia da República de Moçambique (PRM) que, mesmo sem o proclamarem publicamente, admitem que estão a encontrar constrangimentos quando tentam testar científica e eficazmente um moçambicano, mesmo evidenciando sinais nítidos de embriaguez, conduzindo.

É que, por mais espantoso que possa parecer a um qualquer mortal, alguns automobilistas moçambicanos conseguem “neutralizar” os instrumentos de medição de álcool no sangue do condutor recorrendo a produtos com elevado teor de ácido.

Constou-nos que a cebola, alho e maçã figuram na lista de “consumíveis” utilizados para ludibriar a capacidade daqueles instrumentos de medição recentemente adquiridos e utilizados pela PRM, que parece ter “atirado a toalha ao chão”, depois de verificar que em muitos casos as máquinas “nada detectam de anormal” mesmo quando o motorista interpelado mal consegue pôr-se em pé ou balbuciar palavras perceptíveis por embriaguez.

Em declarações em exclusivo ao Correio da manhã, a porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) da cidade de Maputo, Sílvia Mahumane, admitiu que em alguns casos “os alcoómetros que estamos a usar não têm tido resultados satisfatórios”. Indo ao detalhe precisou que “depois de consumir álcool, alguns motoristas ingerem produtos com elevado teor de acidez que imediatamente inutilizam a eficácia do desempenho dos instrumentos, falseando assim os resultados do teste”.

O que ela não aceita é o baixar dos braços da corporação perante espantoso cenário: “Apesar das artimanhas usadas pelos motoristas desonestos que tentam adulterar a performance dos equipamentos não vamos desistir” e anunciou que está um curso o “estudo de um plano alternativo” que apelidou de “plano B” que não quis detalhar.

“O que posso dizer agora é que estamos a elaborar um ‘plano B’ contra casos de neutralização dos resultados de álcool consumido por condutores”, reiterou sem avançar mais nada sobre o assunto. O uso de alcoómetros pela Polícia na via pública tem em vista pelo menos mitigar os acidentes de viação provocados pelo consumo excessivo de álcool que, nas duas últimas semanas, ceifaram a vida a mais de 60 pessoas em todo o país, segundo o Comando- Geral da PRM.

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