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Moçambicanos avaliam metade do mandato do Presidente Nyusi como medíocre com tendência para mau

Moçambicanos avaliam metade do mandato do Presidente Nyusi como medíocre com tendência para mau

@VerdadeO @Verdade pediu aos seus leitores para fazerem uma avaliação da primeira metade da governação do Presidente Filipe Nyusi? “Infelizmente não tenho visto nenhuma evidencia dos carris de progresso que o chefe de estado menciona”, “as mazelas do anterior executivo se fazem sentir ainda”, “nunca se preocupou com problemas reais que afectam a população”, “pode ter havido também acções positivas da sua parte, mas na minha percepção os aspectos negativos são preponderantes”, “classifico o Nyusi como um aluno burro que quer passar de classe a todo o custo”, “a meu ver esta avaliação contradiz com o seu manifesto eleitoral, onde estava Moçambique”, são algumas das milhares de avaliações que recebemos.

“Na minha opinião sobre os dois anos e meio da governação de presidente Nyusi há muita coisa que não consegue, analisando o seu discurso de tomada de posse, visto que a primeira prioridade foi a paz, esse assunto ainda está em negociação talvez tenha razão porque envolve outras individualidades” começa por avaliar o leitor Cândido que acrescenta sobre a intenção do Presidente de permitir que todos os moçambicanos tenham oportunidade de participar na sua governação “esperava que ele deixasse alguns cargos para indivíduos pertencentes a outros partidos”.

Este leitor, residente na província de Inhambane, avalia ainda o bem estar da população como “um fiasco, visto que o custo de vida se multiplicou a dois ou mesmo a três” e desafia o Chefe de Estado a permitir “que a justiça seja feita sobre as dívidas ocultas e os infractores paguem por isso”.

Já o cidadão Nhancale da Zambézia, embora tenha gostado da iniciativa do Presidente Nyusi de encontrar-se pessoalmente com o líder do partido Renamo, considera “uma aberração este Governo, para mim precisa de uma remodelação profunda para além de que nada ele fez apenas terminou o que Guebuza deixou”, e desabafa que de positivo só viu “a vitória dos Mambas frente a Zambia”.

A leitora Fernanda, residente na cidade de Maputo, disse que “infelizmente não tenho visto nenhuma evidencia dos carris de progresso que o chefe de estado menciona. A minha avaliação é negativa, não parece que temos sequer um Governo no lugar”.

“Neste mandato direi que o nosso presidente pelo menos conseguiu trazer a paz. Mas acerca da situação financeira não se fez sentir a sua presença, isto porque ele aceitou a dívida de alguns e passou a ser de todos os moçambicanos. Também o poder de compra foi difícil e só está mudando agora que estamos prestes as eleições Autárquicas e Gerais”, avalia Valério que afirma “não consigo entender até agora o porquê o governo deu 50% do décimo terceiro alegando falta de dinheiro. Em contrapartida compra Mercedes para os supostos representantes do povo e dizem que isso não tem nenhum impacto no orçamento é ridículo”.

Na óptica da leitora Carmen Rodrigues esta primeira metade do mandato foi “fraca”, Natálio Daudo considera “mau”, André João avalia como “muito negativo e cheio de miséria” e o leitor Ambasse não tem dúvidas que até aqui o mandato foi “péssimo”.

“Na minha opinião, acho que o presidente Nyusi ainda não fez nada. Me parece que ele está a tentar ser carismático com as suas famosas visitas desnecessárias. Ate agora a avaliação que faço é mau” declarou Dino, residente na cidade da Beira.

Presidente Nyusi chora que encontrou o País com problemas económicos, esquecendo que ele mesmo contribuiu para a falência do Estado

Na opinião de Ricardo, nosso leitor na França, “alguns dos problemas de hoje são os mesmos da governação Guebuza: desemprego, pobreza e atuns. O Presidente Nyusi, até agora, não conseguiu melhorar a situação. Nos não sabemos se alguém, algum dia, conseguirá”.

Um outro leitor, residente em Nampula, puxou dos galões de “Patrão” e classificou o Presidente, “Nyusi como um aluno burro que quer passar de classe a todo o custo: empurrado, cunhar, aliciar professor ou mesmo inventar doença para que o professor lhe perdoe uma avaliação” e argumenta “Entrou dando chucha a oposição, convencendo-a como que fosse homem da Paz, seguiu-se tudo menos a Paz; Não tem t*** para decidir no Partido; Não tem t*** para decidir como Executivo; Não deixa o Judiciário trabalhar com liberdade, influencia-o para que ele mesmo não seja julgado, nem seus pares; É carregado pela Assembleia da República que apresenta inquéritos faltos e nada faz”.

Além disso este leitor considera que na tentativa de agradar o seu “Patrão” o Presidente “fala de Agricultura, que já era considerada base para o desenvolvimento pelo malogrado presidente do Povo Samora Machel, sem criar inovações nessa área. Ainda a nossa Agricultura é insipiente, depende 100% das condições climáticas e é de sobrevivência. O presidente Nyusi chora que encontrou o País com problemas económicos, esquecendo que ele mesmo contribuiu para a falência do Estado. Faliu o povo moçambicano e, hoje aparece com discursos fictícios, enganando o povo pacato. Sabendo que o País estava endividado externamente, contraiu outras dívidas internas”.

Cláudio faz também uma avaliação negativa, “apesar de compreender que os grandes problemas que ele enfrentou herdou do seu antecessor. Falo da guerra, as dividas e consequentemente a crise que abalou todo o pais e se reflectiu na tendência negativa da qualidade de vida dos moçambicanos”.

Porém este leitor do @Verdade em Gaza afirma ter visto um “esforço do Presidente em tentar resolver alguns desses problemas e esta num bom caminho. Gostei da maneira como ele interagia com população nas presidências abertas, pois demonstra humildade, e encoraja o povo a trabalhar pra produzir mais”.

Por seu turno o nosso entrevistado Aly declarou não ter visto “nada que o querido meu Presidente fez, ou talvez seja falta de actualização do que ele faz bem”.

Faustino, um jovem estudante universitário, analisa esta parte do mandato como uma contradição ao manifesto da sua candidatura. “Senhor presidente onde é estava Moçambique? Afinal qual é o seu objectivo na sua governação?”

“Governo deveria aplicar medidas de austeridade na alta elite”

Constantino avalia os dois anos e meio pelo quanto tem sido “doloroso ver dias a passarem sem pelo menos meter qualquer coisa comestível na boca enquanto o teu filho deita rios de dinheiro groovando” enquanto Chaves disse não ter dúvidas que o Presidente “assim como todos membros do seu partido são mentirosos e colonizadores do povo”.

“Em primeiríssimo lugar agradecer pela trégua dada ao povo moçambicano, o qual merece esta majestosa calma e paz o que contribui para que desenvolvamos a nossa agricultura de pequena escala” começa por declarar Benjamim, nosso leitor em Quelimane que sem se considerar apto para fazer uma avaliação nota que “desde a sua eleição senhor Presidente fomos embatidos por vários problemas de carácter governativo tais como: a corrupção massiva, a guerra, a subida do preço do pão, o desemprego, a subida do preço do combustível que fez com que a minha terra (Ile), fosse mais longe, a subida da energia, a desvalorização do metical, crimes e roubos sem culpados, problemas de horas extras aos funcionários de educação e falta de pagamento de subsidio aos enfermeiros, falta de medicamentos nos hospitais e farmácias publicas. Entretanto esses e outros problemas dificultaram o resgate da felicidade do seu povo desde que a perderam no tempo do Chissano. Assim não me torna difícil acreditar que os dois anos e meio nunca me deram sono e Paz”.

O nosso leitor Édson considera que “o desempenho foi desastroso”, e argumenta que “nada do que foi feito e está sendo feito beneficia a população, a corrupção aumentou, a pobreza aumentou, as acções levadas a cabo pelo governo e pelo banco de Moçambique só prejudicaram a população. O governo de Nhusi aplicou medida de austeridade nas instituições públicas, dificultando o funcionamento normal delas é consequentemente aumentando a corrupção. Hoje em dia falta até papel para imprimir um simples documento, porém para a alta elite do governo nada falta, eles possuem tudo de bom a tempo e hora”.

“Os bancos aumentaram as prestações mensais cobradas, será que a crise está apenas com eles? De nós já nos sentimos sufocados com o preço dos produtos, que duplicaram de onde vamos tirar o dinheiro para pagar as prestações bancárias. Isso abre espaço para corrupção, oportunismo, o governo devia adoptar acções concretas e radicais”.

Para Édson “o Governo deveria aplicar medidas de austeridade na alta elite”.

“Poderia ter sido um dos melhores mandatos já vistos em Moçambique”

Já para o cidadão Daniel, que diz ser da terra de recursos minerais “onde até então assistimos o seu uso e sem o seu aproveitamento”, “ao longo da governação do primo Filipe não consegui fazer uma análise profunda das mudanças mas consegui entender que houve um esforço de mortes dos nossos irmãos com a guerra com a Renamo. O custo de vida também está em alto, a corrupção generalizada e entre outros para não ser bom e nem mal dou nota 2”.

Zé, residente no Chibuto, dá uma nota um pouco melhor, mas ainda assim negativa, a primeira metade do mandato de Filipe Nyusi. “Por ser moçambicano residente, que sinto o impacto directo da má governação do Presidente da Republica, face ao seu informe de passagem dos 2 anos e meio do seu mandato eu atribuo-lhe nota 3.5 valores. Falou de vários factores que levaram a baixo a economia do pais, sem fazer menção do principal e maior factor, o das dívidas ilegais”.

De acordo com Anacleto “poderia ter sido um dos melhores mandatos já vistos em Moçambique a avaliar pela: melhoria no atendimento publico; desenvolvimento do capital humano motivado pelo crescente numero de instituições de ensino”.

“O que mancha estes “sucessos” foi o despontar de uma pratica que demonstra o cúmulo da estupidez humana (grupo organizado para assassinar irmãos iguais) com o cognome “esquadrões da morte” que promoveram uma guerra fratricida desnecessária; o radicalismo em relação a intolerância política (todo aquele que não nutre paixões pelas políticas do partido no poder passou momentos terríveis) com o ponto mais alto o assassinato do Gilles Cistac, o atentado ao professor e ex-comentador televiso, Jaime Macuane; e por fim, o escândalo das dividas ocultas”, avalia o nosso leitor no Chimoio.

“Um mandato promissor, pese embora as dificuldades”

Entretanto alguns dos nossos leitores, que foram questionados através da nossa mailing list e das redes sociais do @Verdade, fazem uma avaliação positiva.

Augusto considera que a devolução da “estabilidade política no pais e reposição de circulação normal de bens e pessoas” um marco positivo.

Chinai avalia “positivamente o desempenho” do Presidente Nyusi pois acredita “que as maiores decisões sobre o destino do pais, não dependem apenas dele”. Na perspectiva de Nimotha, nosso leitor em Inhambane, Filipe Nyusi está a fazer “um mandato promissor, pese embora as dificuldades: crise económica, as cheias, a seca, o conflito militar. Mesmo assim, tem feito um trabalho notável”.

Chande afirma que não gosta quando os analistas da TV criticam o Chefe do Estado, “a boa governação é assim como o Nyusi esta fazendo, viver de perto o que esta acontecer em Moçambique, deixe ele trabalhar. De 0 à 20 dou até neste momento 15 valores”.

“O presidente não perdeu tempo a lutar pela justiça perdida, no que toca a dívida pública, mas sim esteve e está atento a arranjar o país”, considera Sérgio Luís.

Para Freitas, “a governação do Presidente Nyusi até então é de louvar apesar de alguns fracassos que considero normais porque afinal na liderança somos susceptíveis a cometer erros que com o tempo vão se corrigindo através de conselhos e novas tentativas de busca de soluções para os problemas apresentados”.

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