Os distritos de Moamba e Chókwè, nas províncias de Maputo e Gaza, sul de Moçambique, vão dispor, nos próximos anos, de uma cadeia de produção de hortícolas com a alocação de plantas de agro-processamento, para garantir uma melhor conservação do excedente póscolheita e melhor acesso aos mercados.
Com efeito, o Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) está a investir 4.9 milhões de dólares norte-americanos para a instalação de duas unidades de agro-processamento de produtos frescos, uma na Moamba e outra no Chókwè, áreas de grande potencial na produção de hortícolas.
Cetina Titosse, presidente do Conselho de Administração (PCA) do FDA, citada pelo matutino “Notícias”, disse que a existência de uma cadeia de produção e conservação de produtos vai estimular os agricultores a investir mais.
“Estamos a trabalhar com Moamba e Chókwè para o aumento da produção. A ideia é fazer tudo ao nosso alcance para completar a cadeia porque por vezes eles produzem e têm problemas de mercado ou mesmo de conservação e os produtos deterioram”, disse Titosse.
A capacidade instalada para a primeira fase é de 212 toneladas para os dois distritos que, na óptica da fonte, é suficiente. As unidades de agro-processamento terão, cada uma, a capacidade de 100 toneladas e tem como componentes a limpeza, selecção, calibragem dos produtos, embalagem e conservação.
O sistema de frio a ser instalado no fim desta cadeia, visando a conservação dos produtos, é de 100 toneladas, nomeadamente dois contentores de 40 metros cúbicos e outros dois de 20 metros a serem direccionados de forma proporcional.
Para além destas componentes fixas, estarão adstritos a este sistema quatro camiões frigoríficos de quatro toneladas e outros quatro de oito toneladas.
A falta de infraestruturas de conservação tem sido o principal constrangimento na cadeia de produção de hortícolas no país e as unidades de agro-processamento irão contribuir para minimizar a situação e ajudar, de certa forma, os distritos circunvizinhos.