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MISAU pode não cumprir os planos de actividades de 2014 por falta de 8,7 mil milhões de meticais

Este ano, o Ministério da Saúde (MISAU) recebeu do Governo moçambicano 5.581.25 milhões de meticais, contra 2.641.98 milhões de meticais em 2013, mas diz que o valor é pouco para assegurar o cumprimento das actividades traçadas e dos projectos em carteira para a expansão e melhoria dos serviços de saúde no país. Este ano, por exemplo, precisava de cerca de 8,7 mil milhões de meticais a mais para cobrir os seus planos.

Francisco Mbofana, director da Saúde Pública no MISAU, disse, em entrevista ao @Verdade, nesta quinta-feira (16), em Maputo, que anualmente o Executivo aumenta o fundo deste sector mas continua aquém das necessidades internas, o que anula alguns esforços com vista a estancar diferentes problemas que apoquentam os moçambicanos, em particular no que diz respeito ao reforço das acções tendentes a estancar enfermidades.

“Precisamos de um orçamento que vai de acordo com as necessidades do sector da Saúde, com vista a reduzir a mortalidade causada pela malária, estancar a propagação do Sida, que apesar de estar a reduzir continua preocupante, e acabar com a desnutrição que ainda é muito preocupante”, realçou o dirigente.

Por sua vez, o chefe do Departamento de Planificação e Economia Sanitária no MISAU, Daniel Nhachengo, disse que os 5.581.25 milhões de meticais não cobriram na totalidade os programas definidos para o presente ano por cauda do elevado custo de intervenção em diferentes áreas na Saúde. Ele endossou que houve um défice de 8,7 mil milhões de meticais.

Daniel Nhachengo disse à nossa Reportagem que se esperava cobrir o défice com os valores que seriam desembolsados pelos parceiros internos (42 porcento) e o remanescente pelos parceiros externos, mas até agora não há luz verde nesse sentido, devido a vários constrangimentos.

Por conseguinte, disse o nosso entrevistado, alguns planos ainda não foram cumpridos. Até esta altura, o sector previa ter realizado pelo menos 80 porcento das actividades traçadas, o que não aconteceu.

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