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Miramar representa Moçambique na final do prémio CNN de jornalismo africano!

Miramar representa Moçambique na final do prémio CNN de jornalismo africano!

A televisão Miramar foi eleita para a final do prémio CNN de jornalismo africano, um evento anual que visa salientar a importância do papel dos jornalistas para o desenvolvimento de África, bem como premiar, reconhecer e incentivar o talento jornalístico em todas as áreas da comunicação social.

A matéria eleita foi exibida em meados do ano passado no programa Contacto Directo e fala sobre o movimento Rastafari, internacionalmente reconhecido e com seguidores em Moçambique. Circunscrevendo- se à polémica sobre a prática do sacramento com recurso à cannabis sativa, a reportagem mostra o consumo desta droga ilícita por crianças a partir dos dois anos, em que umas usam-na em forma de chá e outras de seis anos fumam-na. Actualmente com mais de 50 edições, o programa não pára de granjear simpatias um pouco por todo o país, apesar de o raio de acção estar limitado na província de Maputo. Com uma equipa de quatro pessoas, o Contacto Directo é composto por uma apresentadora, um editor, um repórter e um operador de câmara.

Para Selma Marivate, apresentadora do programa e directora de Informação da Miramar, é satisfatório representar Moçambique além-fronteiras, como também constutui uma grande responsabilidade. Refira-se que é a segunda vez consecutiva que a Miramar é apurada para a final dos prémios CNN depois de no ano passado ter conseguido o mesmo feito com o Jornalista Sérgio Sitoi, do programa Balanço Geral. Da lista de eleitos, constam outros dois falantes da língua portuguesa, nomeadamente Nkula Zau da Televisão Pública de Angola e José Bouças de Oliveira, da Televisão de São Tomé e Príncipe.

Selma Marivate que em 2010 ganhou o prémio da 3ª edição do concurso “Grande Prémio de Jornalismo SNJ & Vodacom” e desenha as perspectivas e as directrizes do programa, revela que nem sempre é fácil produzir o programa. “O apuramento é a parte mais difícil, por causa da dinâmica que caracteriza o terreno. “Podemos planificar uma coisa, mas quando vamos ao campo encontramos outra totalmente diferente”, diz.

Selma Marivate

Durante dois anos, Marivate trabalhou num dos prestigiados hotéis de Maputo, onde acalentava o sonho de crescer no ramo de hotelaria e turismo, mas viu a sua pretensão frustrada pelos assédios e chantagens de um superior hierárquico. “Por essa e outras razões abandonei o local através de uma carta de demissão”, conta e acrescenta: “além do assédio, a situação salarial era dramática. Tenho princípios rígidos, procuro zelar pela minha boa imagem e nessas condições quando não há hipóteses prefiro abandonar o barco”.

Há cinco anos na Miramar, dois apresentando o Telejornal e três o Contacto Directo, entrou na empresa como assistente de produção e logo recebeu uma proposta para fazer reportagens sociais. Sempre quis ser jurista, mas foi como apresentadora que ganhou o primeiro prémio profissional. “Antes, no hotel onde trabalhei já tinha sido nomeada entre trezentos trabalhadores”, conta. Frequentou o curso de direito na UEM mas abandonou-o quando frequentava o terceiro ano.

Embora com rumo diferente, considera-se dentro dos padrões profissionais que sempre quis. No exercício do jornalismo, confronta-se quase que sempre com a necessidade de usar regras. “Mas ainda não desisti. O direito também faz parte das minhas paixões. É muito bom cursar esta área porque permite conhecer profundamente questões jurídicas, também necessárias para o convívio social”, disse.

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