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Ministros da Saúde da SADC reuniram de emergência para coordenar prevenção do ébola

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, sigla em inglês), convocou de emergência os Ministros da Saúde dos 15 países-membros para uma reunião na cidade sul-africana de Joanesburgo com o objectivo de coordenar esforços para a prevenção do surto do ébola que assola a África Ocidental, onde já causou a morte de mais de 900 pessoas.

No encontro desta quarta-feira (06), os responsáveis pela saúde na SADC concordaram que, mesmo cientes do grande fluxo de imigrantes oriundos da África Ocidental, os países da África Austral não vão encerrar as suas fronteiras.

Foi acordada a intensificação do controlo e rastreamento dos imigrantes provenientes dos países afectados nos aeroportos, nas fronteiras marítimas assim como nas terrestres.

Equipas conjuntas da saúde e da migração passam a obedecem a um trabalho de inquérito aos viajantes, se estes estiveram em contacto ou não com os infectados pelo ébola e, dependendo das respostas são tomados os procedimentos adequados, que pode ser o isolamento do viajante ou a interdição da entrada do mesmo nos países da região.

Campanhas de sensibilização, para os cidadãos e para o pessoal médico (estes últimos que entram em contacto directo com os pacientes), foram outras das questões debatidas pelos titulares da saúde da região Austral.

O representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, Hernando Ospina, destacou a grande mortalidade deste vírus que não tem cura e que em cada dez infectados pode causar a morte de pelo menos cinco doentes.

Moçambique esteve representado na reunião pelo seu respectivo Ministro da Saúde, Alexandre Manguele.

Em Moçambique, segundo o Ministério da Saúde (MISAU), o ébola ainda não constitui ameaça e o país está longe de ser afectado. Contudo, nos aeroportos e nas fronteiras os viajantes, mormente os que provêm de países flagelados pelo vírus, são entrevistados no âmbito das medidas de rastreio da doença em curso.

A OMS está também envolvida na operação com vista a treinar equipas e disponibilizar meios de trabalho apropriados, tais como botas e luvas. Maria Benigna Matsinhe, directora nacional adjunta da Saúde, disse que as pessoas que manifestarem sintomas de ébola ou que estiverem contaminadas serão isoladas.

Para o efeito, foi indicado o Hospital Geral de Mavalane, na cidade de Maputo. A quarentena é geralmente a forma mais eficaz para evitar a propagação da enfermidade. Benigna Matsinhe disse ao @Verdade que em caso de suspeita de que alguém esteja infectado pela ébola, os exames serão realizados na vizinha África do Sul, em virtude de Moçambique não dispor de laboratórios para tal, mas os resultados serão conhecidos em dois dias, no máximo.

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