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Ministro da Defesa Nacional diz que está a cumprir acordo com a Renamo conforme a vontade de Afonso Dhlakama

O ministro da Defesa Nacional, Atanásio M’tumuke, disse esta quinta-feira (13) que a nomeação interina de três oficiais generais para os cargos de directores dos departamentos de Operações, de Informações Militares e de Comunicações respeita a vontade do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e não fere o entendimento entre si e o Presidente da República, Filipe Nyusi, para a materialização do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens residuais do maior partido da oposição no país.

Na terça-feira (11), o governante nomeou, por instruções do Chefe do Estado, o Brigadeiro Xavier António, o Comodoro Inácio Luís Vaz e o Brigadeiro Araújo Andeiro Maciacona para as funções em alusão. Os visados já foram empossados e manifestaram total satisfação.

Eles asseguram que estão nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) há décadas e já exerceram vários cargos.

Reagindo em tornos das reclamações da Renamo, segundo as quais o “Memorando de Entendimento Sobre Assuntos Militares”, assinado com o Governo a 06 de Agosto deste ano, prevê nomeações definitivas e não provisórias, Atanásio M’tumuke esclareceu, primeiro, que “ser interino não significa não ser um oficial” das FADM.

Foi o próprio Afonso Dhlakama “que indicou que os três oficiais deviam ocupar os departamentos” para os quais foram nomeados, declarou o ministro.

O maior partido da oposição entende que na lista enviada ao Governo, há quatro meses, constavam “14 oficiais superiores e generais” cuja nomeação devia ser para “três departamentos do Estado-Maior General, uma brigada, dois batalhões independentes, quatro repartições do Exército, dois Estados-Maiores de Brigadas e dois batalhões independentes”.

Porém, Atanásio M’tumuke disse que “podem inventar [os da Renamo]” mas as vagas indicadas por Afonso Dhlakama eram apenas três. O ministro considerou que as autoridades estão a “cumprir o entendimento (…)” entre as partes.

Neste momento, “estamos à espera a lista de 10 elementos”, proveniente da Renamo, para fazerem parte da Polícia da República de Moçambique (PRM), segundo a escolha de Dhlakama. Por isso, “os outros podem andar a falar e isso é muito normal.”

Na opinião de Atanásio M’tumuke, os membros da “perdiz” que se queixam da alegada violação “do espírito e da letra” do “Memorando de Entendimento Sobre Assuntos Militares” “não estavam presentes” quando Dhlakama chegou a consensos com Nyusi.

“Somos todos apartidários”, ou seja, nas FADM não deve haver elementos provenientes deste ou daquele canto, apelou M’tumuke, à margem do empoçamento dos três oficiais generais da Renamo.

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