A partir de 2008, o rendimento escolar dos alunos registou uma ligeira queda em todos os níveis de ensino, além de existir a percepção de que há muitas crianças que no fim do primeiro ciclo, 2ª classe, ainda não consiguem ler e escrever. Neste contexto, a manutenção e melhoria de um sistema ainda em crescimento requer, de ano para ano, mais recursos humanos e financeiros bem como a consolidação das reformas iniciadas.
De acordo com a contextualização das prioridades do sector da educação nos próximos anos, como resultado da crise económica mundial e consequente redução do apoio externo, aliada à necessidade do governo financiar outras prioridades, prevê-se que o orçamento dos próximos anos cresça a um rítimo inferior às necessidades.
Entretanto, todos esses factos implicam uma maior priorização das intervenções e a continuação da racionalização dos recursos disponíveis para assegurar que os progressos efectuados não sejam prejudicados, mas sim, consolidados e melhorados.
Segundo o documento de prioridades, pretende-se nos, próximos anos, intensificar as campanhas de mobilização para a matrícula na idade certa, expandir oportunidades do modelo pré-primário, especificamente, para camadas mais vulneráveis, assim como continuar a construção de mais salas de aulas e em locais mais perto das comunidades.
Relativamente às medidas de protecção social para evitar desistências por razões económicas, espera-se que, futuramente, seja introduzido o programa de lanche escolar para os mais vulneráveis, transferências monetárias para as famílias, facto que, acredita-se, virá melhorar a participação e retenção da criança.
Trata-se de prioridades para o sector da educação a serem inclusas no plano estratégico 2012-2016 e são apoiadas pelo compromisso do governo em atingir os objectivos de desenvolvimento do milénio.
Partindo do pressuposto de que a economia Moçambicana assenta essencialmente na agricultura, conclui-se que é importante que o país disponha de capacidades básicas assim como de especialistas formados para servir o, ainda, escasso sector formal.