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Mineiros e camionistas moçambicanos altamente infectado pelo VIH/SIDA

Apenas um em cada cinco mineiros moçambicanos que trabalham na África do Sul revelou ter usado o preservativo na sua última relação sexual, três em cada quatro compatriotas infectados pelo VIH/SIDA desconhecem o seu estado de saúde e um em cada cinco mineiros está infectado pela doença (22.3%), segundo um estudo sobre o comportamento deste grupo e de camionistas de longo curso.

A pesquisa, divulgada em Maputo na sexta-feira (10) passada, indica que, apesar de 90% de mineiros afirmarem que têm acesso gratuito aos preservativos, apenas um em cada cinco tinha usado este meio de protecção na sua última relação sexual. A prevalência de VIH é maior nos mineiros provenientes da cidade e província de Maputo (27,4%), Gaza (26,1%) e em Inhambane (14,7%). Esta prevalência tem um índice elevado em indivíduos com mais de 40 anos, os quais são casados, o que denuncia o risco que as suas esposas correm de contrair a doença.

De acordo com a investigação cujos resultados irão facilitar a verificação e avaliação eficazes das campanhas e dos programas de combate ao VIH/SIDA e estudo de novas estratégias de controlo da epidemia em Moçambique, 81,5% dos mineiros infectados já tinham consultado um profissional da Saúde, e pelo menos 77,8% estavam em tratamento anti-retroviral (TARV). Outro grupo correspondente a 18,5% disse que nunca tinha tomado nenhum fármaco, enquanto 50% preferiram receber o TARV na África do Sul, 36,4% em Moçambique e 13,6 não tinham preferência específica sobre o país em que poderiam ser submetidos à terapia.

O estudo refere que em 1975 trabalhavam na África do Sul pelo menos 115.309 mineiros, número que reduziu para 43.700 em 2011. Do grupo alvo da pesquisa em alusão, 78,7% atingiram o nível secundário de escolaridade, 50,3% têm residência principal em Moçambique, 53,1% na região centro e 45,3% na zona sul.

Nos camionistas de longo curso residentes em Moçambique a prevalência do VIH/SIDA é igualmente grande, 21,9%, e eles apresentam baixo uso de preservativo apesar de terem múltiplas parceiras. Dois em cada 10 são infectados. Ainda no tocante aos motoristas de longo curso, na província de Tete, 73,8% de condutores revelaram ter mantido relações sexuais com as trabalhadoras de sexo, sendo que 40,4% não usaram o preservativo na sua última relação sexual.

Para além destes problemas, o consumo de álcool esteve associado à prática de sexo desprotegido. Esta situação aconteceu também no Corredor da Beira e os automobilistas alegaram que confiavam nas suas parcerias sexuais, pese embora as desconhecessem.

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