As autoridades moçambicanas de educação estão a desenvolver novas qualificações para o ensino técnico-profissional com vista a suprir as necessidades de mão-de-obra qualificada no mercado de trabalho, sobretudo na indústria extractiva.
Para o efeito, explicou o Ministro da Educação, Zeferino Martins, já está em curso a criação de comités técnicos sectoriais para a elaboração de novas qualificações, acções de formação através da concessão de bolsas de estudo dentro e fora do país para responder, especificamente, a demanda da indústria extractiva.
Zeferino Martins, que falava recentemente em Chidenguele, província meridional de Gaza, acredita que estas qualificações irão, a curto prazo, permitir o reconhecimento não só das competências adquiridas nas salas de aula convencionais, como também daquelas habilidades adquiridas de forma informal e experiência de vida.
“O ensino técnico profissional joga um papel importante na provisão de recursos humanos devidamente qualificados que o mercado de trabalho necessita. Temos vindo a desenvolver acções para responder às necessidades de mão-de-obra qualificada no âmbito da reforma do Ensino Técnico Profissional. Os nossos institutos médios, os politécnicos e o ensino superior em geral têm estado a realizar trabalho de vulto visando a criação ou adequação de cursos para responder a esta conjuntura”, disse.
As multinacionais que operam na extracção mineira em Moçambique já iniciaram o processo de recrutamento de pessoal moçambicano para formação em matérias ligadas à esta indústria.
A falta de mão-de-obra qualificada em número suficiente para responder às necessidades das empresas é um dos maiores desafios da indústria extractiva em Moçambique.
A elevação das escolas técnicas profissionais de nível básico para o médio e politécnico é outra forma que o Governo encontrou para responder a esta necessidade. Neste contexto já foram transfor- madas mais de dez escolas comerciais e industriais de nível básico.