Mais de 8 mil pessoas morreram sob custódia das Forças Armadas da Nigéria durante a campanha contra o grupo militante Boko Haram, denunciou a Amnistia Internacional nesta quarta-feira, o que os militares negam.
O grupo de direitos humanos disse que muitos prisioneiros foram executados e outros morreram por causas como fome, superlotação, tortura e falta de assistência médica.
A insurgência do Boko Haram, que já dura seis anos, matou milhares de pessoas e desalojou 1,5 milhão. O grupo quer estabelecer um califado islâmico no nordeste da maior economia da África, que também é um grande exportador mundial de petróleo.
O novo presidente do país, Muhammadu Buhari, prometeu derrotar o Boko Haram e manteve conversas nesta quarta-feira com seus colegas do Níger e do Chade sobre as melhores maneiras de lidar com a insurgência.
Os militantes controlavam uma grande faixa territorial, do tamanho da Bélgica, no começo do ano, mas perderam boa parte disso nos últimos meses devido aos esforços combinados de tropas da Nigéria e dos vizinhos Níger, Chade e Camarões.