O grupo islâmico mais violento do Egito divulgou um vídeo, este domingo (5), mostrando militantes a decapitarem três egípcios a quem acusavam de ser informantes do sector de inteligência de Israel.
Num vídeo postado no YouTube, o Ansar al-Bayt Maqdis, com sede no Sinai, acusou o governo egípcio de colaborar com os israelitas para atacar os seus combatentes no Sinai, e prometeu caçar os informantes locais.
“Estes são os seus filhos, que continuam a ser espiões dos judeus”, diz um porta-voz do grupo no vídeo. O filme macabro mostra os três homens a confessarem antes de serem decapitados por homens mascarados.
As suas cabeças cortadas são, então, colocadas nas suas costas. Um quarto homem, mostrado a confessar ser um informante para os militares egípcios, é depois baleado. Os assassinatos filmados lembram imagens postadas na Internet pelo Estado Islâmico, grupo que tomou grandes porções de território do Iraque e da Síria.
O filme também incluiu um trecho de um discurso recente do porta-voz do Estado Islâmico a sugerir que os militantes egípcios estavam cada vez mais inspirados pela ala da Al Qaeda agora famosa por execuções sumárias e decapitações.
O Estado Islâmico tem atraído seguidores dos islamitas egípcios nos sites de mídia social. As fontes de segurança egípcias estimam que cerca de 8.000 egípcios estão a lutar no exterior com grupos militantes como o Estado Islâmico e a Al Qaeda.
Dentro do Egito, o Ansar Bayt al-Maqdis tornou-se um grande problema de segurança para o governo, matando dezenas de policiais e soldados na península do Sinai, que é delimitada por Israel, Faixa de Gaza e Canal de Suez, uma das rotas marítimas mais importantes do mundo.
Embora acredite-se que os militantes do Sinai não sejam oficialmente afiliados ao Estado Islâmico, um comandante do Ansar disse no mês passado que o Estado Islâmico aconselhou-os sobre como operar de forma mais eficaz.