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Milhares vão as ruas na Tunísia para pedir dissolução de governo

Milhares de tunisinos reivindicam a dissolução do governo dominado pelos islamitas de Al-Nahda neste sábado, no término dos 40 dias de luto assassinato do deputado de esquerda Mohammed al Brahmi, que provocou o início da crise política.

Pelo menos 25 mil pessoas, segundo a organização, participaram do protesto convocado pelos partidos de oposição coligados na Frente de Salvação Nacional (FSN) dentro da campanha “Irhal” (Fora) que pede a dissolução do governo do primeiro-ministro, Ali Laridi.

Os manifestantes, que se reuniram na praça da sede da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), cantaram palavras de ordem contra o partido islamita Al-Nahda e seu presidente, Rachid Ganuchi, durante os quatro quilómetros de percurso pela avenida de Bab Saadun, próximo ao centro da capital.

Esta é a quarta manifestação organizada pelo FSN desde o assassinato do deputado de esquerda Mohammed al Brahmi com 14 tiros em frente à própria casa, em 25 de julho.

Em declarações a Agência Efe, o secretário-geral do principal partido de oposição “Nida Tunis”, Taief Bacuche, afirmou que a manifestação tem um “valor político por ser a expressão da saturação com a violência e os assassinatos cometidos desde a violenta morte do líder de esquerda Chukri Bel Aid, em fevereiro”.

Bacuche acrescentou que “também há um valor simbólico porque é uma maneira de exigir que se abra toda a verdade sobre os assassinatos e quem está por trás deles”. O deputado do partido de esquerda “Al Masar”, Samir Betaieb, afirmou que a campanha “Irhal” pela dissolução do governo, lançada há duas semanas “tomará outro ritmo a partir da próxima segunda-feira, dia 9, com a organização de um segundo acampamento na praça da Qasbah”.

Betaieb, também porta-voz do grupo de 59 deputados que abandonaram a ANC em protesto pelo assassinato de Brahmi anunciou que “um grupo de deputados vai fazer uma greve de fome aberta no acampamento da sede do governo a partir de segunda-feira”.

O fim do luto de 40 dias chegou depois de o FSN anunciar, na quarta-feira, o “fracasso” do diálogo com o governo e que toda a oposição exige sua renúncia, após um mês de negociações indiretas dirigidas pelo sindicato majoritário União Geral dos Trabalhadores Tunecinos (UGTT), para pôr fim à crise política.

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