Milhares de pessoas reuniram-se em várias cidades da Roménia neste sábado, em apoio a compatriotas residentes no exterior que foram impedidos de votar na primeira volta da eleição presidencial de 2 de Novembro. Manifestantes na capital Bucareste e nas cidades ocidentais de Cluj e Timisoara pediram que o primeiro-ministro, Victor Ponta, renuncie, afirmando que ele falhou em garantir que todos os cidadãos pudessem exercer o seu direito ao voto.
Romenos que vivem em outros países da União Europeia e outros países mais distantes e planeavam votar nas suas embaixadas queixaram-se de longas filas de espera, enquanto alguns locais de voto ficaram sem um formulário que deve ser assinado antes que uma cédula seja lançada.
A embaixada romena em Paris chegou a chamar a polícia francesa conforme os ânimos exaltaram-se.
“Os erros cometidos pelo governo Ponta são inaceitáveis, tais como… praticamente proibir a diáspora de votar”, disse Radu Buda, de 34 anos, à Reuters em Cluj, onde a polícia estima que mais de 5 mil manifestantes reuniram-se.
Imagens ao vivo do protesto em Cluj mostraram pessoas segurando faixas que diziam: “O direito ao voto” e “Solidariedade com a diáspora” e gritando “Renúncia” e “Romênia Livre”.
O ministro das Relações Exteriores, Tito Corl??ean, a quem Ponta encarregou nesta semana de garantir que a segunda volta decorra tranquilamente a 16 de Novembro, sob o risco de perder o seu cargo, disse neste sábado que haverá mais cabines de votação no exterior, mas não um aumento no número de locais de votação.