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Milhares de recém-nascidos morrem por falta de técnicos qualificados em Moçambique

Cerca de 22.722 recém-nascidos morrem anualmente durante e no dia do parto em Moçambique devido ao defeituoso acesso aos cuidados de saúde gratuitos e a uma parteira qualificada para a parturiente e seu bebé, segundo Save the Children.

Na sua pesquisa denominada “Acabar com as Mortes dos Recém Nascidos”, aquela Organização Não Governamental (ONG) indica que metade das mortes que acontecem em todo o mundo, no primeiro dia de vida de uma criança, podiam ser evitadas se a mãe e o filho tivessem cuidados de saúde gratuitos e a uma parteira qualificada.

Num comunicado de Imprensa, a organização que trabalha na área de defesa dos direitos da criança refere que o primeiro dia de vida de uma criança é o mais perigoso e muitas mães dão à luz sem assistência de ninguém, no chão das suas casas ou no mato e sem qualquer tipo de ajuda com potencial para salvar vidas.

O mesmo documento indica que no mundo, particularmente em Moçambique, são ouvidas “histórias horríveis de mães andando horas a fio para conseguir ajuda treinada para dar o parto, todas elas muitas vezes terminam em tragédia”, daí a necessidade de se multiplicar esforços para reverter a situação.

A pesquisa da Save the Children constatou que no mundo há 40 milhões de mulheres que dão à luz, anualmente, sem qualquer ajuda de uma parteira ou de qualquer outro técnico de saúde formado e equipado.

Na Etiópia, por exemplo, somente 10 porcento dos nascimentos têm ajuda qualificada, em certas áreas rurais do Afeganistão existe apenas uma parteira para 10 mil pessoas e dois milhões de mulheres também dão à luz inteiramente sozinhas no mundo.

Em países como República Democrática do Congo  ou República Centro Africana, algumas mães têm de pagar pelos cuidados maternos de emergência, muitas vezes custando o mesmo valor da despesa em comida para um mês.

Nesse contexto, a Save the Children chama à atenção dos líderes mundiais, organizações filantrópicas e o sector privado para fazem um cometimento sobre “Os Cinco Pontos da Promessa ao Recém-Nascido” em 2014, dentre os quais a necessidade de se emitir uma declaração definidora e responsável para acabar com a mortalidade neonatal evitável, salvando dois milhões de vidas de recém-nascidos por ano e parando os 1,2 milhões de nados-mortos durante o parto.

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