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Milhares de moçambicanos serão formados na área da indústria extractiva

Cerca de quatro mil moçambicanos deverão ser preparados no país e no estrangeiro até 2020 nas áreas de geociências, engenharias e técnico-profissionais para responder à crescente procura de mão-de-obra nacional qualificada para a indústria extractiva.

O Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, é citado na edição da Quinta-feira do jornal “Noticias” como tendo dito recentemente, em Maputo, que o governo, ciente da enorme procura de mão-de-obra para a indústria extractiva, pôs em marcha 2010 um programa para responder a este desafio.

A enorme demanda de mão-de-obra qualificada surge devido ao aumento progressivo das actividades de prospecção, pesquisa, exploração e processamento de recursos minerais, que também tem estado a pressionar e a motivar a migração de quadros do sector público para os novos projectos actualmente em curso.

O actual cenário indica que a relação entre a oferta e procura de mão-de-obra qualificada está desequilibrada.

Esta realidade constitui também um dos motivos para o país prover o sector de profissionais nacionais qualificados e especializados.

Segundo Aiuba Cuereneia, os quatro mil quadros deverão estar disponíveis até 2020 para contribuírem para o desenho de uma resposta adequada aos desafios do sector.

Uma avaliação feita pelos Ministério dos Recursos Minerais mostra que um número significativo de empresas está na fase de pesquisa detalhada, o que significa que a curto e médio prazo uma quantidades considerável terá concluído os estudos de pré-viabilidade para a exploração do carvão, metais preciosos, metais básicos, minerais industriais e hidrocarbonetos, preparando-se para a fase de extracção mineira ou produção de hidrocarbonetos, o que pressupõe um aumento de procura de profissionais nacionais e qualificados.

O Departamento de Geologia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) está capacitado para admitir 25 estudantes e gradua anualmente uma média de 15.

Por seu turno, o Instituto Superior Politécnico de Tete admite anualmente 40 e gradua cerca de 15, enquanto o Instituto Médio de Geologia de Moatize admite por ano aproximadamente 86 estudantes e gradua em media 22, números manifestamente inferiores as necessidades.

Actualmente, para além dos quadros em formação internamente, também estão a ser preparados moçambicanos em minas e geologia de petróleos em Angola, Holanda, Noruega, Malásia e Brasil.

Para a concretização dos programas de formação estão a ser operacionalizadas várias linhas de financiamento, entre as quais o Orçamento do Estado, Fundo de Bolsas, contribuições das empresas no âmbito dos contratos e dos parceiros de cooperação.

Nas escolas, em parceria com o Ministério da Educação, estão a ser divulgadas as profissões geológico-mineiras, destinadas aos jovens das escolas secundárias com o objectivo de incentivar uma maior adesão a estes cursos

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