Dezenas de milhares de gregos tomaram as ruas da capital para uma passeata contra a política de austeridade, esta segunda-feira (17), num dos maiores protestos nos últimos anos para marcar o aniversário da sangrenta revolta estudantil de 1973 contra o governo militar.
Cerca de 40.000 estudantes, trabalhadores e aposentados que exibiam bandeiras vermelhas e cantavam “UE, FMI, fora” foram para a embaixada dos Estados Unidos, país que os manifestantes acusam de ter apoiado a ditadura militar (1967-74).
Os confrontos ocorreram no fim da manifestação. A polícia disparou gás lacrimogêneo, e os jovens lançavam pedras e garrafas plásticas. Nos últimos anos, o alvo do protesto anual tem sido os cortes nos salários e nas aposentadorias impostos com o plano de socorro de 240 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Essas políticas são um desastre”, disse o dentista Panagiotis Viglas, de 68 anos. “Queremos eleições agora!” A Grécia emergiu de um período de seis anos de recessão, mostraram as estatísticas na semana passada. No entanto, a crise fez com que milhares de pessoas perdessem o emprego, minando o padrão de vida.