A Direcção Distrital da Educação de Marracuene reuniu-se, no último sábado (15), com os pais e encarregados de educação para informar que a Escola Primária Completa 16 de Junho será, brevemente, deita por terra, o que gerou insatisfação e revolta. Ninguém compreende as razões que levam as autoridades a demolir um estabelecimento de ensino sem antes criarem condições mínimas para albergar os instruendos.
Esta atitude, de acordo com os moradores, é uma prova inequívoca de que os governantes daquela parcela do país são desorganizados e não sabem planificar. Na verdade, os responsáveis pelos educandos não negam a transferência da instituição para outro lugar, mas contestam a forma como o processo está a ser conduzido.
Gito Muhai, pai de um dos alunos que vão passar a estudar debaixo das árvores, não escondeu o seu agastamento quando recebeu a notícia sobre a demolição Escola Primária Completa 16 de Junho. “No terreno onde será erguida a nova infra-estrutura provisória já foi lançada a primeira pedra mas ainda não há obras em curso. Os nossos filhos vão estudar debaixo de mafurreiras.”
Carlitos Makwenda considerou que a atitude tomada pelo governo de Marracuene concorre para o enfraquecimento do desempenho pedagógico dos instruendos. Antes de deitar a abaixo um estabelecimento de ensino é preciso fazer um plano que garanta que os alunos continuem a estudar de forma condigna. Entretanto, para o caso em alusão os pais e encarregados de educação nem foram consultados. Os professores vão também se queixar das dificuldades de ensinar ao relento.
A decisão de demolir a escola num período chuvoso sem, no entanto, providenciar outras instalações não foi sábia. Rosa Tavira, directora da Escola Primária Completa 16 de Junho, desdramatizou o assunto e explicou que existe um plano alternativo que prevê a construção de 12 salas de aulas e um bloco administrativo. Contudo, a dirigente não disse quando é que isso será materializado.
Redacção