Os principais responsáveis pelo golpe de Estado frustrado de 17 de Setembro último no Burkina Fasso, incluindo o ex-chefe do antigo Regimento de Segurança Presidencial (RSP), general Gilbert Diendéré, e o ex-chefe da diplomacia do regime de Blaise Compaoré, general Djibril Bassolé, foram acusados de atentado contra a segurança do Estado e conspiração com forças estrangeiras para desestabilizar a segurança interna.
Segundo uma fonte de segurança, citada pela agência PANA, eles foram acusados igualmente de assassinato, assaltos e agressões voluntárias, bem como destruição voluntária de bens.
No quadro do mesmo dossier, Léonce Koné, segundo vice-presidente do Congresso para a Democracia e Progresso (CDP, ex-maioria), e Herman Yaméogo, presidente da União Nacional para a Democracia e Desenvolvimento (UNDD), foram igualmente detidos.
“Os que planificaram e executaram este golpe de Estado responderão pelos seus atos diante da justiça”, preveniu terça-feira o primeiro-ministro, Isaac Zida, durante uma cerimónia que marcou o fim do desarmamento dos golpistas em Ouagadougou.
O processo está sob a responsabilidade da Justiça Militar, enquanto a maioria dos soldados do ex-RSP regressou aos seus quartéis.