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Menina e menino coreanos são encontrados na balsa com coletes atados

Um menino e uma menina que morreram no naufrágio da semana passada na Coreia do Sul foram encontrados com coletes salva-vidas atados entre si, provavelmente para não se distanciarem uma vez que chegassem à superfície, segundo o mergulhador que recuperou os corpos.

O mergulhador precisou de separar os dois cadáveres, pois não conseguiria levá-los juntos para a superfície. “Comecei a chorar ao pensar que eles não queriam se separar”, disse o mergulhador na quinta-feira ao jornal Kyunghyang Shinmun, na ilha de Jindo, perto do local onde a balsa superlotada adernou e afundou no dia 16, depois de fazer uma curva brusca.

Os pais do menino que com voz trémula primeiro alertou os bombeiros sobre o naufrágio, por telefone, disseram que o corpo dele possivelmente também já foi resgatado, segundo a guarda costeira sul-coreana.

Os pais viram o corpo e as roupas e concluíram que tratava-se do seu filho, embora a identificação ainda não tenha sido oficializada. Mais de 300 pessoas, a maioria alunos e professores numa excursão de colégio, morreram ou estão desaparecidas por causa do naufrágio. Há 171 mortos já confirmados.

O capitão da embarcação, Lee Joon-seok, e outros 19 tripulantes foram presos sob suspeita de negligência, e a família proprietária da balsa está sob investigação. Além disso, promotores anunciaram ações de busca na Associação Coreana da Navegação e no Registo Coreano da Navegação. Segundo a agência de notícias Yonhap, a intenção é averiguar se os certificados de segurança da balsa estavam em dia.

“O objectivo era investigar más práticas e corrupção em toda a indústria naval”, disse o promotor Song In-taek, na cidade de Incheon, de onde a balsa partiu com destino à turística ilha de Jindo.

Na escola onde estudavam os alunos mortos no naufrágio, as aulas foram retomadas na quinta-feira, com uma homenagem com flores e fotos das vítimas, uniformizadas. Abatidos, outros alunos deixavam crisântemos brancos no local ao chegar para as aulas. Fitas amarelas com nomes e mensagens para os mortos foram amarradas na cerca do local.

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