A Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO) em Nampula está apreensiva em relação aos frequentes casos de relações extra conjugais entre os médicos filiados àquela agremiação. Ocorre que alguns praticantes da medicina tradicional aproveitam-se das mulheres dos outros para promover adultérios e as incitam a abandonar os seus lares.
Segundo a denúncia feita pelo delegado provincial da AMETRAMO aqui em Nampula, Miguel Gonçalves Kupula, esta situação acontece quando alguns médicos são indicados para realizar actividades fora dos lugares habituais, ou seja, nos distritos.
Neste momento há registo de mais de sete mulheres que já abandonaram os seus lares para se juntarem maritalmente com os seus colegas. Entretanto, Miguel Kupula considera a acção desonesta e atentatória à própria profissão, para além de que são relacionamentos emotivos e efémeros.
Os casos mais frequentes deram-se em todos os distritos de Nampula, com a excepção de Murrupula, Moma, Nacalas e Nacaroa, de acordo com Miguel Kupula.
Dois curandeiros expulsos da AMETRAMO
Pelo menos dois praticantes da medicina tradicional foram expulsos da AMETRAMO por causa deste mau comportamento. Um deles chama-se Ibraimo Namoro, de 39 anos de idade, natural do Posto Administrativo de Lumbo, distrito de Ilha de Moçambique.
Não faz parte daquela agremiação desde o passado dia 18 de Outubro. Pesam sobre si várias acusações, dentre as quais a de ter mantido relações sexuais com uma colega, por sinal funcionária da delegação provincial de finanças em Nampula.
O outro caso de expulsão deu-se no distrito de Rapale, onde o indiciado, cuja identidade não nos foi revelada, envolveu-se sexualmente com as mulheres de alguns colegas seus, dos clientes e dos vizinhos da região onde fixou a sua residência.
