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Médicos descrevem cenas de pesadelo após incêndio que deixou 30 mortos em abrigo na Guatemala

Mais oito meninas morreram devido a queimaduras sofridas durante um incêndio em um abrigo para vítimas de abuso infantil superlotado na Guatemala, elevando o saldo de mortes para 30, em uma tragédia que médicos descreveram nesta quinta-feira como cenas de pesadelo diante da gravidade dos ferimentos de mais de 20 pessoas que permanecem internadas.

“Faço isso a 29 anos. O que eu vi ontem foi uma cena dantesca”, disse Juan Antonio Villeda, diretor do hospital San Juan de Dios, onde 17 pacientes com queimaduras extremamente sérias de primeiro e segundo graus receberam tratamento.

O incêndio aconteceu na quarta-feira, quando algumas moradoras do abrigo atearam fogo em colchões na sequência de uma tentativa de fuga da instituição governamental para jovens de até 18 anos Virgen de Asunción, localizada em San José Pinula, 25 quilômetros a sudoeste da Cidade da Guatemala.

As autoridades estão a investigar se as chamas foram iniciadas por um grupo que havia sido isolado após a tentativa de fuga na noite de terça-feira.

A Guatemala sofre com alguns dos maiores índices de desnutrição infantil da América Latina e com muitas gangues de rua, como a Mara Salvatrucha, que muitas vezes se aproveitam de menores de idade.

As instituições públicas do país da América Central são frequentemente mal cuidadas e superlotadas.

De acordo com os médicos, 24 vítimas do incêndio no abrigo permanecem internadas em estado grave.

“Nos meus 13 anos de carreira eu nunca tinha visto feridas assim. É uma tragédia”, disse Carlos Soto, diretor do hospital Roosevelt, descrevendo queimaduras severas em pulmões, gargantas e na pele.

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