Um médico que responde pelo nome de Tong, de origem asiática, afecto à pediatria do Hospital Central de Nampula (HCN), envolveu-se num esquema de corrupção que consistiu na cobrança de dinheiro aos familiares de um petiz internado naquela que é a maior unidade sanitária da região norte do país.
Segundo soube o @Verdade, Tong exigiu uma gratificação que designou luvas à família de um menor que se encontra internado na Pediatria III, alegadamente por ter prestado um bom serviço de cirurgia por ele efectuado. Trata-se se um menor que aparenta oito anos de idade, que terá sido encaminhado para aquela unidade sanitária vítima de acidente de viação, do tipo atropelamento, por uma viatura.
“Depois de ficar internado, foi submetido a uma intervenção cirúrgica e correu tudo bem, daí que o médico apareceu nesta enfermaria e disse que precisava de lavar as mãos, ou seja, queria ser reconhecido pelo trabalho efectuado, e o autor do acidente disponibilizou mil meticais que entregámos a ele”, explicou a mãe do petiz.
Depois da intervenção cirúrgica, o médico aconselhou a família no sentido de que o miúdo fosse ser submetido a uma transfusão de sangue, e alegou que os procedimentos para o efeito são complexos e requerem uma série de testes ao dador, o que poderá levar cerca de três dias. “Pediram-nos 1500 meticais para comprar sangue para o miúdo, e estamos desprovidos de dinheiro, mas disseram-nos que não há outra alternativa”, lamentou a progenitora.
Sobre este assunto, não foi possível ouvir a direcção daquela unidade sanitária. A situação acontece numa altura em que os médicos estrangeiros beneficiam de condições de trabalho e vários direitos assegurados pelo Estado, nomeadamente residência, alimentação, comunicação, transporte, entre outros benéficos, em detrimento dos médicos moçambicanos.
