Um dos três médicos africanos infectados com o ébola e tratados com o medicamento experimental ZMapp morreu na Monróvia, informou o ministro da Informação liberiano, Lewis Brown, esta segunda-feira (25).
A Libéria, país do oeste da África onde o ébola está a espalhar-se mais rápido, recebeu três doses do raro medicamento a 13 de Agosto. A princípio a Libéria declarou que os três médicos, os liberianos Zukunis Ireland e Abraham Borbor e o nigeriano Aroh Cosmos, estavam reagindo bem à medicação, despertando optimismo em relação à terapia experimental.
Quando lhe pediram a confirmação da morte do doutor Borbor, Brown disse: “Está correcto. Ele faleceu ontem (domingo)”. Dois assistentes de saúde norte-americanos que contraíram o ébola na Libéria foram declarados livres do vírus na semana passada depois de receberam o mesmo tratamento, mas um padre espanhol que recebeu o Zmapp morreu.
Sediado nos Estados Unidos, o fabricante do medicamento, Mapp Biopharmaceutical, declarou que os poucos suprimentos já se esgotaram e que levará tempo para se produzir mais. A febre hemorrágica já matou pelo menos 1.427 pessoas no pior surto da doença até hoje.
Na semana encerrada a 22 de Agosto, 297 casos suspeitos, prováveis ou confirmados do ébola foram relatados na Libéria, o maior número de casos semanais desde o início da epidemia, em Março, segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês).
O ébola pode matar até 90 por cento das pessoas infectadas, mas no actual surto epidémico a taxa de mortes é de cerca de 60 por cento.