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Medicamentos dos hospitais púbicos saqueados para mercado informal em Moçambique

Uma rede de supostos ladrões, da qual fazem parte profissionais de saúde, tem estado a agudizar a falta de fármacos nas unidades sanitárias públicas, pois saqueia medicamentos das arrecadações para alimentar as suas clínicas privadas ou clandestinas, bem como para venda no mercado negro. Como prova disso, quatro funcionários do Hospital Provincial da Zambézia, estão a ver o sol aos quadradinhos em resultado do desvio de fármacos naquela unidade sanitária.

Bernardo Duce, porta-voz do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), não ofereceu pormenores sobre o caso, porém, considerou que sendo os medicamentos bens do Estado, aqueles que privam a população do seu uso devem ser responsabilizados.

Refira-se que a venda de fármacos em locais não apropriados é um perigo para a saúde pública na medida em que as normas de manuseamento e conservação dessas drogas são, na pior das hipóteses, desconhecidas; para além de que são comercializados sem prescrição médica e, consequentemente, a dosagem de consumo é, também, imprópria.

Num outro desenvolvimento, Bernardo Duce, que falava no habitual briefing mensal do GCCC, disse à Imprensa que um oficial de justiça afecto ao Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público, ignorou a ética e deontologia profissional e desvio 70 mil meticais que eram destinados ao pagamento da ajuda de custos. O visado está, também, a contas com as autoridades.

Aliás, a violação das normas de funcionamento da Administração Pública atingiram igualmente os hostes da Polícia: um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) afecto à Escola Prática de Matalane, na província de Maputo, e um funcionário do Ministério do Interior (MINT) são acusados exigir 65 mil meticais a quatro candidatos ao curso de polícia com vista a facilitar o seu ingresso.

Enquanto isso, dois elementos da Polícia Municipal em Maputo, abandonaram os seus postos de trabalho e, sem nenhuma guia de marcha, instalaram-se numa via pública no distrito da Manhiça para fiscaliza viaturas com o móbil de obter dinheiro para benefício próprio.

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