O governo moçambicano, atravês do Ministério da Educação e Cultura e Cultura, MEC, propõe-se ordenar o cancelamento da actividade de docência a algumas universidades que se mostrarem relutantes no cumprimento do novo currriculum do ensino superior, a entrar em vigor a partir do próximo ano.
A medida visa, segundo o ministro Aires Ali, corrigir certas irregularidades constatadas pelo MEC e acabar com a alegada autonomia das universidades privadas. Para o efeito, foi criada uma equipa de inspecção multi-sectorial, envolvendo quadros competentes e experimentados na matéria, de diversas instituições públicas e privadas, que irão encarregar-se do controlo do nivel de cumprimento das orientações do governo.
O novo curriculum assenta sobre três pilares fundamentais, nomeadamente crédito académico, especialização dos estudantes em diversos cursos e a promoção da qualidade, e mobilidade e circulação de estudantes nas diversas instituições de ensino superior no país. De acordo, ainda, com a nossa fonte, serão introduzidos três ciclos de formação académica, dependendo dos cursos a serem ministrados, designadamente três a quatro anos para a licenciatura, um a dois anos para o grau de mestrado, enquanto que o doutoramento terá a duração mínima de três anos.
Segundo Aires Ali, foram já instruídas todas instituições de ensino superior no sentido de efectuarem a reelaboração dos seus planos curriculares, que, depois, serão submetidos ao Conselho Nacional do Ensino Superior, orgão que, além dos quadros do Ministério de Educação e Cultura, integra representantes do sector privado e membros das associacoes univesitárias, com o mandato de efectuarem a avaliação do processo.
Aquele governante disse que o seu pelouro está, igualmente, envolvido numa reflexao interna para que os estudantes formados em diversas univesidades privadas existentes no país possam desenvolver as suas habilidades a nível internacional.
Por outro lado, a fonte referiu que, no âmbito dos esforçõs levados a cabo pelo governo com vista a melhoria da qualidade de ensino nas universidades moçambicanas, alguns técnicos do sector de Educação e Cultura encontramse, neste momento, a beneficiar de formação superior nos Estados Unidos de America, Japão, Brasil, Alemnha e Portugal.