O Ministério da Educação e Cultura (MEC) avalia, a partir desta segunda-feira, em Maputo, o processo de exames escolares realizados no ano passado.
Segundo um comunicado de imprensa recebido pela AIM, a avaliação, que vai incidir sobre a elaboração, distribuição e realização dos exames das diferentes classes, será feita durante a Reunião Nacional de Exames e Certificação de equivalências, a ser orientada pelo Ministro da Educação e Cultura, Aires Ali.
No ano passado, o MEC introduziu inovações na realização de exames da 12/a classe, como a múltipla escola, correcção automática e atribuição de códigos aos examinados que deveria ser preenchido a lápis. O novo modelo foi introduzido, pela primeira vez, em Julho de 2009, durante a realização dos exames extraordinários da 12/a classe. Na altura houve atrasos na publicação dos resultados, tendo sido apresentado, como causa, as dificuldades de correcção aliadas ao mau preenchimento das folhas de exame por parte dos examinandos.
O MEC aplicou o mesmo método para os exames de Novembro último, tendo resultado em problemas similares. Esta situação teve repercussões negativas para os 50.827 alunos da 12/a classe submetidos às provas, que por pouco perdiam a sua inscrição aos exames de admissão ao ensino superior. O argumento das autoridades na altura foi de que a maioria dos alunos não tiveram tempo suficiente para se familiarizar com os códigos, tendo havido casos de examinandos que preencheram à caneta ou falharam na ordem dos algarismos desse mesmo código.
Desta feita, segundo as autoridades de ensino em Moçambique, o erro levou a que a máquina de correcção rejeitasse as folhas de exercício, situação que esteve na origem da demora. Nos exames da segunda época, realizados no início do presente ano, o MEC abandonou a correcção automática para garantir rapidez na divulgação dos resultados para que os aprovados tivessem tempo de se inscrever aos exames de admissão ao ensino superior.
Segundo a nota de imprensa, o encontro servirá der ocasião para o sector avaliar o processo de certificação de equivalências, apresentar propostas de reformas, traçar acções para o presente ano, entre outros assuntos. De referir que o processo de certificação de equivalências se reveste de grande importância uma vez que muitos moçambicanos que vão estudar fora de Moçambique sérios problemas de consideração de equivalências.
Em relação a reforma do ensino em Moçambique, o Governo já deu um passo significativo, particularmente mo ensino superior que está a ser alvo de fervorosos debates em vários fóruns ao longo do país. Aliás, o Conselho de Ministros aprovou a lei que altera os artigos 20, 21 e 22 da Lei do Ensino Superior, com vista à redefinição da estrutura dos graus académicos deste nível de ensino.
Esta lei será submetida à Assembleia da República, o parlamento moçambicano, para a sua discussão e aprovação. O encontro do MEC, que conta com a participação de representantes de todas as províncias, terá a duração de três dias.