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MDM remete queixa contra Renamo

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) remeteu ultima Quarta-feira ao Ministério Público de Nacala-Porto, província nortenha de Nampula, uma queixa contra os membros da Renamo que tentaram assassinar o líder deste partido, Daviz Simango.

O facto foi confirmado pelo Comandante da polícia moçambicana (PRM) no distrito de Nacala-Porto, Alexandre Guiador, citado hoje pelo “Noticias”.

Segundo Guiador, neste momento, a Procuradoria está a analisar o caso, devendo notificar os acusados para responderem pela alegada tentativa de assassinato. Supostos membros da guarda do Presidente da Renamo, o maior partido da oposição no país, tentaram, Terça-feira, assassinar Daviz Simango, quando ele se preparava para dirigir um comício popular na cidade de Nacala-Porto.

Simango é o actual edil da cidade da Beira, capital da província central de Sofala, e foi expulso da Renamo em Agosto do ano passado, tendo em Fevereiro deste presente ano criado o partido MDM. A queixa do MDM prende-se com o facto de a Renamo ter supostamente orquestrado um plano para assassinar o seu líder.

Por outro lado, este recém-criado partido exige uma compensação pela destruição da sua aparelhagem sonora que tinha sido montada no local do comício com o objectivo de amplificar o som, bem como pela destruição dos vidros da viatura de Simango. Acredita-se que a Procuradoria distrital deverá acusar, por tentativa de assassinato, um responsável da guarda de Afonso Dhlakama (conhecido como major Daniel) e um deputado da Assembleia da República pela bancada da Renamo, na oposição, Manuel Francisco Lole.

No dia do atentado, um grupo de alegados homens da Renamo arrancaram uma arma de fogo do tipo AK 47 a um agente da PRM. Este ainda conseguiu arrancar o carregador da arma, mas como esta mesma arma continuava com uma munição, na câmara, foi usada pelos assaltantes para disparar contra a viatura de Daviz Simango.

Depois desta acção, os assaltantes perpetraram uma série de vandalismos, incluindo a destruição de material de propaganda do MDM. Simango foi depois evacuado para o Comando da PRM em Nacala-Porto, onde permaneceu por cerca de duas horas, antes de ser escoltado pela Policia até a cidade de Nampula, a capital provincial, que dista há cerca de 200 quilómetros daquela cidade portuária. Falando à imprensa em Nampula, Simango disse não ter duvidas de que aquela tentativa frustrada de assassinato foi a mando de Afonso Dhlakama.

Insistindo na decisão de processar a Renamo, Simango argumentou que não iria pactuar com acções que atentem contra a liberdade de expressão e politica no país. O líder do MDM interrompeu a sua visita a Nampula, alegando motivos de falta de segurança.

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