O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) solicitou a renúncia de Ismael Mussá do cargo de deputado do partido, mas em declarações na passada sexta-feira, à agência Lusa, o ex-secretário-geral e vice-chefe da bancada parlamentar recusou, apelando ao “cumprimento da lei”.
Em Abril de 2011, Ismael Mussá demitiu-se do posto de secretário-geral do MMD, por alegado recurso “a afinidades tribais” na escolha de quadros para cargos de chefia, que justifica o “descontentamento” que se vive naquela formação política da oposição. Em substituição, a terceira força política do país nomeou Luís Boavida, antigo deputado da RENAMO, principal partido da oposição moçambicana, para a pasta de secretário-geral do MDM.
Na última quinta-feira, o novo delegado do MDM na cidade de Maputo, Elísio Freitas, disse aos jornalistas que o seu partido convidou Ismael Mussá a abdicar do lugar de parlamentar, “para manter até às últimas consequências a mesma coerência” que o levou a colocar à disposição o cargo de secretário-geral. “Se o membro Ismael Mussá não renunciar ao mandato de deputado, fica claro que ele está na política para se servir a si próprio”, disse Elísio Freitas.
Entretanto Ismael Mussá, que foi cabeça de lista do MDM na capital moçambicana, garantiu que continuará como deputado do partido porque foi eleito legalmente. “O MDM tem que respeitar as leis. Cada dia inventa uma coisa. Cumpra-se a lei. Eles sabem o que a lei diz. Não existe nenhuma base legal para isso. Pretendo continuar no parlamento porque o problema não sou eu. Cumprirei o meu mandato até ao fim”, disse Ismael Mussá.