Dez feridos e destruição de dezenas de habitações é o balanço provisório dos estragos causados pelo mau tempo que se fez sentir na cidade de Chimoio, na sexta-feira. Uma menor de 10 anos de idade, Albertina Hilário, contraíu lesões num dos membros superiores, sendo a única ferida ainda internada no Hospital Provincial de Chimoio, na sequência da intempérie.
Segundo o jornal Diário de Moçambique, cerca de sessenta casas podem ter sido danificadas, as quais ficaram sem tecto das suas paredes em consequência das chuvas acompanhadas de ventos fortes e granizo. A maioria dos feridos encontra-se a receber tratamentos ambulatórios. Muitas pessoas sofreram golpes resultantes de chapas de zinco soltas.
Para além de casas de habitação destruídas algumas escolas ficaram também danificadas, como a primária Completa da Fepom, no bairro 5, onde muitas salas de aula ficaram sem a cobertura. Com isso os alunos estarão a estudar em condições impróprias, a partir de hoje. O muro de vedação da Cadeia Cabeça do Velho também desabou. O facto levou a direcção daquele estabelecimento prisional a reforçar as medidas de segurança, mobilizando forças de intervenção rápida. A Escola Primária Completa do Centro Hípico teve, igualmente, danos tanto na sua cobertura como nos vidros das janelas, que ficaram partidos devido à incidência violenta de granizo. Alguns estabelecimentos ficaram com perfurações no tecto, causadas pela queda de granizo.
Ainda não há reclamações relativas à danificação de viaturas, mas o “Diário de Moçambique” acompanhou a ocorrência de destruições de vidros de viaturas. Sábado findo foi reactivado o Comité Provincial de Gestão de Riscos, cujos membros encontram-se já a trabalhar no sentido de medir o verdadeiro impacto do temporal, que teve uma duração de quarenta minutos em Chimoio. Embora haja problemas de saneamento já há muito, o Conselho Municipal de Chimoio emitiu um comunicado a chamar a atenção aos residentes no sentido de ajudarem na recolha de ramos e folhas de árvores que se espalharam em grandes quantidades nas suas artérias.
O delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), em Manica, João Vaz, pediu para que os munícipes construam as suas residências com base no material convencional. Ele referiu que grande parte de residências destruídas foram feitas de material precário. A ajuda às vítimas vai depender daquilo que for observado no terreno, em termos de necessidades assim que ainda não encontra-se disponível o real número de pessoas que viram os seus bens destruídos, que se previa que também afectasse as províncias de Sofala e Inhamabe, segundo dados do Instituto Meteorológico, indicados pela fonte.